Deputada defende liberação parcial de tecnologia genética

24/04/2006 - 16:59  

A deputada Kátia Abreu (PFL-TO), autora do Projeto de Lei 5964/05, que autoriza a utilização das tecnologias genéticas de restrição de uso em determinadas circunstâncias, destaca que, da forma como está hoje, a lei impede não apenas o uso dessas tecnologias em sementes destinadas à produção de alimentos, como soja, milho e arroz, mas também a sua utilização em cultivo de plantas biofábricas (plantas geneticamente modificadas para produção de vacinas).
Um dos exemplos citados pela deputada é a vacina comestível contra a hepatite B, que será produzida em alface geneticamente modificado, em desenvolvimento por pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf).
"Para essas plantas, o uso da tecnologia de restrição significa uma medida de biossegurança eficaz, já que pode impedir que uma cultura especial, destinada à produção de substância para uso industrial, principalmente pela industria farmacêutica, seja misturada com variedades destinadas ao alimento humano ou animal e, também, com variedades silvestres", afirma Kátia Abreu.
Outro exemplo citado pela deputada é o caso da cana-de-açúcar, "onde o uso da tecnologia é benéfica à cultura e ao agricultor". Ela argumenta que o florescimento da cana é uma característica não desejada pelos agricultores, pois contribui para a redução do volume de caldo.
A seu ver, a inibição do florescimento, por meio da criação de variedades com estrutura reprodutiva estéril, não prejudicaria o desenvolvimento da atividade nem impediria o agricultor de plantar a própria cana colhida, pois o plantio da cana-de-açúcar não é realizado por meio de semente.

Reportagem - Luciana Mariz
Edição - Renata Tôrres

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