Seguro obrigatório pode custear indenizações trabalhistas
09/01/2006 - 11:40
A Câmara analisa o Projeto de Lei Complementar 301/05, do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que cria um seguro obrigatório para custear as indenizações trabalhistas decorrentes de sentenças judiciais transitadas em julgado. O projeto altera o Decreto-Lei 73/66, que criou o Sistema Nacional de Seguros Privados.
Barros argumenta que as ações trabalhistas movidas por ex-empregados afetam diversas empresas brasileiras, mesmo aquelas estruturadas e com amparo jurídico especializado para administrar seu departamento pessoal.
Muitas dessas ações, acredita o deputado, acabam sendo favoráveis aos autores em razão de acordos firmados entre as partes, ainda que sejam improcedentes em relação à legislação trabalhista em vigor.
Prejuízo relativo
Segundo Ricardo Barros, esses acordos, "incentivados por tribunais assoberbados", na maioria das vezes são aceitos pelos empregadores pela necessidade de se desvencilharem o mais rapidamente possível da situação.
Com o seguro obrigatório para o pagamento das indenizações trabalhistas, argumenta o parlamentar, as empresas teriam a possibilidade de concentrar seus esforços em suas atividades-fins, e os empregados ficariam mais garantidos quanto ao respeito de seus direitos trabalhistas que eventualmente fossem questionados na esfera judicial.
Tramitação
O projeto tramita em regime de prioridade nas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, segue para o Plenário.
Notícias anteriores:
Câmara aprova seguro-desemprego para trabalhador doméstico
Regras para comissões de conciliação dividem juristas
Reportagem - Newton Araújo Jr.
Edição - Rodrigo Bittar
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência)
Agência Câmara
Tel. (61) 3216.1851/3216.1852
Fax. (61) 3216.1856
E-mail:agencia@camara.gov.br
A Agência também utiliza material jornalístico produzido pela Rádio, Jornal e TV Câmara.