Aditamento de R$ 18 milhões em contrato não foi explicado
13/07/2005 - 19:39
O ex-presidente dos Correios João Henrique de Almeida Souza não soube explicar por que o contrato de publicidade da estatal com a SMP&B, de propriedade do empresário Marcos Valério, teve um aditamento de 25% em seu valor (o equivalente a R$18 milhões), para valer por apenas 23 dias antes de o contrato ser finalizado.
Ao responder ao deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS), o ex-presidente dos Correios admitiu que a situação "é esquisita" e que talvez ele possa "ter incorrido em erro". O deputado ressaltou ainda o fato de o termo aditivo não justificar as razões para a liberação do dinheiro. João Henrique comprometeu-se com o deputado a esclarecer os motivos para o fato nos próximos dias.
Explicação da Abin
O presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS), informou que o ministro de Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Jorge Armando Felix, confirmou o comunicado interno da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), divulgado no início desta tarde. Em um trecho de um informativo, o diretor da agência refere-se aos integrantes da CPMI como "bestas-feras em pleno picadeiro".
O senador Delcídio informou ainda que, ao final do depoimento de hoje, a CPMI vai votar requerimentos. Entre eles, o que convoca para depor o diretor-geral da Abin, Mauro Marcelo de Lima e Silva.
O depoimento prossegue na sala 2 da ala Senador Nilo Coelho, no Senado. Reportagem - Cristiane Bernardes
Edição - Regina Céli Assumpção
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