Cidades e transportes

Centro de Estudos da Câmara conhece boas práticas para melhorar a vida nas grandes cidades

Cedes está promovendo encontros com especialistas para embasar estudo sobre Cidades Inteligentes

04/07/2019 - 17:22  

Will Shutter/Câmara dos Deputados
Reunião de definição dos temas dos estudos. Dep. Angela Amin (PP-SC)
Deputada Angela Amin, uma das relatoras do estudo, acredita que trabalho irá facilitar a vida dos gestores municipais

O Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados (Cedes) realizou nesta terça-feira (2) a segunda reunião sobre “Cidades Inteligentes”. O encontro contou com apresentações de quatro especialistas, que mostraram pesquisas e experiências de boas práticas que possam ser adotadas e multiplicadas para melhorar a qualidade de vida nos centros urbanos brasileiros e, consequentemente, tornar as cidades humanas, inteligentes e sustentáveis.

Eduardo Moreira da Costa, diretor geral do laboratório internacional LabCHIS, de Santa Catarina, destacou que o principal conceito a ser adotado nas cidades é o tripé que engloba moradia, lazer e trabalho no mesmo espaço. “O movimento é fazer essas três funções ficarem juntas nos bairros para que as pessoas se desloquem menos. Essa é uma tendência mundial, e espero que aconteça no Brasil também”.

A diretora de Inovação e Fomento da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Jamile Sabatini, foi taxativa ao defender que os cidadãos são quem tornam as cidades inteligentes e humanas. "Pessoas, mais do que dinheiro, são o motor do crescimento econômico, social e do desenvolvimento urbano”.

Comunicação
O diretor de inovação da CMC Industrial e Energia, Marcos Alberto Campos, também colocou a questão humana como ponto inicial para alcançar mudanças. “É importante perceber como as cidades brasileiras podem melhorar a comunicação com a sociedade. O que precisamos é entender as necessidades das pessoas e fazer com que elas participem da solução dos problemas”.

O último palestrante, o arquiteto especialista em cidades, Luiz Fernando Cruvinel, salientou a importância do tema para o País. “Ao avançar neste estudo estratégico, a Câmara dos Deputados desempenha um papel extraordinário para orientar os executivos a fim de que eles governem as cidades com inteligência, melhorando a qualidade de vida das pessoas”.

Cidades melhores
A deputada Angela Amin (PP-SC), uma das relatoras do estudo, disse que, com os esclarecimentos dos especialistas, o grupo de trabalho avançou no entendimento dos conceitos e também no propósito de produzir um documento que facilite a vida dos gestores municipais e torne as cidades um lugar melhor para se viver.

Para o deputado Haroldo Cathedral (PSD-RR), também relator do estudo, criar cidades inteligentes é um projeto que já está atrasado no tempo e merece toda atenção. “Nós temos uma preocupação muito grande com a população urbana que cresce de forma desordenada. Se nós tivéssemos cidades minimamente preparadas, conseguiríamos evitar o caos, como tem ocorrido no estado de Roraima, com a chegada diária de venezuelanos”.

Metas
O deputado Francisco Jr. (PSB-GO), presidente do Cedes, destacou que a reunião ajudou na definição de metas para um melhor encaminhamento do estudo. “Acredito que teremos um bom documento para ser oferecido ao Brasil, a fim de transformar as nossas cidades em lugares mais humanizados”.

Os deputados Maria Rosas (PDT-SP), Gustavo Fruet (PDT-PR) e Eduardo Braide (PMN-MA) também participaram dos debates juntamente com a equipe da consultoria e colaboradores externo.

O estudo “Cidades Inteligentes” pretende ser uma referência para a avaliação do impacto do crescimento urbano no transporte público, segurança, mobilidade, educação e serviços públicos em geral. O objetivo é fazer um levantamento de inovações em todas as dimensões, de forma a garantir melhoria de qualidade de vida da população, sempre com foco na cidadania e no bem-estar das pessoas.

Agenda
Na próxima terça-feira (9), às 14 horas, na sala de reunião da Mesa, a equipe de consultores juntamente com os deputados membros e relatores do estudo se reúnem para prosseguir com as discussões.

Da Redação - RS

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