Para Ministério Público, falta transparência na apresentação dos dados
13/11/2014 - 13:42

A procuradora Sandra Akemi Shimada, da região de Campinas, reclamou da falta de transparência nas informações do governo paulista sobre o desabastecimento de água em São Paulo. “Para sabermos se há alternativas e melhores soluções, precisamos de informações e de planos e políticas de racionamento, mas nada disso está acessível”, disse, durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (13) pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados.
Há 25 estações de monitoramento do nível da água, 60 de qualidade, mas tudo fica sob sigilo, e, segundo a promotora, a própria Sabesp, empresa responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 364 municípios do Estado de São Paulo, não divulga nem repassa informações aos comitês de bacias, que deveriam fiscalizar o que está sendo feito. “E nas vistorias de campo que fizemos, há divergências entre os dados da Sabesp e os coletados pelo Ministério Público”, disse.
Outro problema apontado pela procuradora é a inexistência de isonomia entre os sistemas Cantareira e Tietê, que também abastece a capital paulista.
Reportagem – Marcello Larcher
Edição – Rachel Librelon