Conheça os outros componentes da equipe de Lula
01/01/2003 - 14:03
Nem só de sindicalistas, empresários e mulheres fortes vive o primeiro escalão do time de Lula. O eclético ministério conta ainda com médicos, advogados, jornalistas, cantor, professor, entre outras profissões típicas do cidadão comum. Conheça melhor esses futuros ministros e secretários:
MINISTRO-CHEFE DA CASA CIVIL
O novo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, é advogado formado pela PUC-SP, onde também cursou pós-graduação em Economia. Começou a vida política nos anos 60, como líder estudantil, e chegou à presidência da União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo. Foi preso político entre 1968 e 1969, sendo posteriormente exilado em Cuba, de onde retornou em 1975 para viver clandestinamente no Brasil com nova identidade e o rosto modificado por uma cirurgia plástica. Anistiado em 1979, ajudou a fundar o PT, partido do qual foi secretário de Formação Política e secretário-geral do Diretório Nacional, antes de assumir a presidência por várias vezes - em 1995, sucedendo Lula, e em 1997, 1999 e 2001.
Iniciou a vida parlamentar em 1986, eleito deputado estadual por São Paulo. Em 1990, elegeu-se deputado federal, tendo participado da CPI de Paulo César Farias, que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor. Em 1994, candidatou-se ao governo de São Paulo, ficando em terceiro lugar, com mais de dois milhões de votos.
Voltou à Câmara em 1998, destacando-se na discussão de propostas de Reforma do Judiciário, na comissão especial que proferiu parecer sobre a reforma da Segurança Pública e na Comissão da Reforma Política. Denunciou irregularidades na privatização do Banespa e apresentou projetos de lei para controle de urnas eletrônicas e de aquisição de terras na Amazônia por estrangeiros. É autor de duas propostas de emenda constitucional: uma que prevê a manifestação do Congresso sobre acordos internacionais e outra que dispõe sobre o nepotismo no serviço público.
Reeleito em 2002 com 556.563 votos, foi o segundo deputado mais votado do Brasil. Teve ainda papel de destaque na campanha vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, da qual foi coordenador-geral. Casado, pai de três filhos, José Dirceu nasceu em 1946, em Passa Quatro (MG).
MINISTRO DA FAZENDA
O novo Ministro da Fazenda tem 42 anos e é médico sanitarista, formado pela Universidade de São Paulo. Antônio Palocci Filho trabalhou durante cinco anos na Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo antes de dedicar-se à atividade política. Foi vereador e prefeito em Ribeirão Preto, deputado estadual em São Paulo e deputado federal entre 1999 e 2000.
Na Câmara, apresentou projeto de lei que cria o Sistema Nacional do Primeiro Emprego. Em 2000, elegeu-se novamente prefeito de Ribeirão Preto, cargo que ocupou até novembro de 2002, quando assumiu a coordenação de transição do Governo Lula. A administração na prefeitura foi marcada pelo incentivo à participação comunitária nas decisões do Município. Palocci recebeu o Prêmio Criança e Paz do Unicef pelos serviços de atenção à infância e promoveu parcerias entre os setores público e privado, o que resultou em investimentos para a cidade.
MINISTRO DA JUSTIÇA
O advogado criminalista Márcio Thomaz Bastos, de 66 anos, nasceu em Cruzeiro, interior de São Paulo. Iniciou-se na profissão em 1958. Foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Estado de São Paulo e da OAB Nacional.
O novo ministro da Justiça é um dos mais renomados criminalistas do País. Trabalhou na acusação dos assassinos do seringueiro Chico Mendes, morto em dezembro de 1988. Entre os casos recentes em que atuou, está o do jornalista Antônio Pimenta Neves, no qual advoga para a família da vítima.
Thomaz Bastos defende gratuitamente os adolescentes infratores da Febem de São Paulo, no projeto Defensor ao Seu Lado, e preside o Instituto de Defesa do Direito de Defesa, ONG que ajudou a fundar. O ministro colaborou na elaboração das propostas do Programa de Governo de Lula para o combate à corrupção. Thomaz Bastos disse que dará ênfase maior na aplicação das leis atuais, e não, na ampliação drástica das penas.
MINISTRO DO PLANEJAMENTO
O economista Guido Mantega, de 53 anos, será o novo ministro do Planejamento. Formado em Economia pela USP, doutor em Sociologia do Desenvolvimento Econômico, professor da FGV- SP e um dos principais assessores econômicos de Lula, já foi diretor de Orçamento e chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Planejamento de São Paulo, durante a gestão de Luiza Erundina.
Mantega participou da coordenação do Programa Econômico do PT nas eleições presidenciais de 1989, 1994, 1998 e 2002. É importante interlocutor de Lula junto ao mercado financeiro.
Nascido em Gênova, na Itália, tem dupla cidadania e veio para o Brasil com três anos e meio de idade.
MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
Miguel Rossetto é quem vai dirigir o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O vice-governador gaúcho, de 42 anos, é rotulado de "radical moderado" - representa os chamados "radicais" do PT no governo Lula. Apesar disso, sobressaiu-se no atual governo gaúcho por sua capacidade de diálogo, tendo trânsito até mesmo dentro das classes empresariais.
O petroquímico de formação trotskista chegou a cursar sociologia, mas interrompeu a faculdade para dedicar-se à vida sindical. Um dos fundadores do PT, já foi secretário Municipal de Indústria e Comércio de Uberaba e eleito deputado estadual por quatro vezes consecutivas. Entre 1995 e 1998, Rossetto foi deputado federal. Nascido em São Leopoldo (RS), em 4 de maio de 1960, é pai de quatro filhos.
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
O novo ministro da Educação, Cristovam Buarque, foi recém-eleito senador pelo Distrito Federal, com 674.086 votos, mais de 60% do total. Doutor em Economia pela Universidade de Sorbonne, na França, foi governador do Distrito Federal entre 1995 e 1998 pelo PT, implantando com sucesso um programa para manter as crianças na escola, o Bolsa-Escola. Adotou o programa Saúde em Casa, levando os médicos às casas das famílias carentes, e conseguiu números expressivos no combate à violência no Distrito Federal.
O Programa Bolsa-Escola acabou premiado no Brasil e no exterior e continua, até hoje, a fazer uma revolução na Educação e na luta contra a pobreza em todo o mundo por meio da organização não-governamental Missão Criança, fundada por ele. Na ONG, assessorou vários governos estaduais e prefeituras na implantação do Bolsa-Escola e ajudou países como o México, Guatemala, Chile, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Tanzânia.
Foi consultor de diversos organismos nacionais e internacionais da Organização das Nações Unidas. Presidiu o Conselho da Universidade para a Paz da ONU e participou da Comissão Presidencial para a Alimentação, dirigida por Betinho. Professor da Universidade de Brasília na década de 80, filiou-se ao PT em 1989. Foi ainda reitor da UnB.
MINISTRO DA SAÚDE
Um dos fundadores do PT em Pernambuco, o novo ministro da Saúde, Humberto Costa, é médico, com pós-graduação em psiquiatria e clínica médica. Integrante da corrente Luta Unida, um dos grupos moderados do Partido dos Trabalhadores, Costa já foi secretário de Saúde da prefeitura de Recife no atual governo e participou da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. Começou sua carreira em 1975, no movimento estudantil da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Depois de formado, presidiu a Associação Pernambucana de Médicos Residentes e foi primeiro-secretário do Sindicato dos Médicos do Estado.
Foi eleito deputado estadual em 1990 e federal em 1994. Na Câmara dos Deputados, foi um dos autores do projeto de lei que instala auditoria na Previdência Social e dá mais poderes ao Conselho Nacional de Previdência. Também foi um dos idealizadores do projeto que originou o programa brasileiro de proteção à testemunha.
Em 2000, elegeu-se o vereador mais votado da história de Recife, com 27 mil votos, e idealizou o projeto da prefeitura que destina bolsa de um salário mínimo e meio para as famílias que aceitem a reintegração de parentes doentes mentais internados há mais de um ano.
MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
O diplomata de carreira Celso Luiz Nunes Amorim assume pela segunda vez, aos 60 anos, o Ministério das Relações Exteriores. A primeira experiência no comando do Itamaraty foi entre 1993 e 1994, no governo Itamar. No Ministério, ocupou também a Secretaria-Geral e as Diretorias para assuntos culturais e econômicos. Foi também secretário para assuntos internacionais do Ministério da Ciência e Tecnologia. Formado pelo Instituto Rio Branco em 1964, Celso Amorim deixa a Embaixada do Brasil em Londres, onde estava desde 2001. Pós-graduado em Relações Internacionais pela Academia Diplomática de Viena e em Ciência Política e Relações Internacionais pela Escola de Economia e Ciência Política de Londres, Amorim é membro permanente do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Para o novo ministro, é preciso reforçar os instrumentos multilaterais e o Conselho de Segurança da ONU, sem perder de vista os direitos humanos e os valores democráticos.
MINISTRO DA CULTURA
O novo ministro da Cultura é baiano, filho de médico e de professora primária e tem 60 anos. Gilberto Gil é formado em administração de empresas. Exerceu a profissão no início dos anos 60, mas abandonou-a para seguir a vida artística. Ficou nacionalmente conhecido a partir dos festivais da TV Record, em especial o de 1967, quando tirou o terceiro lugar com a música "Domingo no Parque", ao lado do Grupo "Os Mutantes". Perseguido pela ditadura militar, Gilberto Gil foi exilado junto com Caetano Veloso, em 1976.
Essa não é a primeira vez que o cantor é empossado em cargo político. Em 1987, como secretário de Cultura de Salvador, lutou pela conservação do patrimônio histórico da cidade. Como vereador, de 1988 a 1992, atuou pela preservação ambiental, criando e presidindo a Fundação Onda Azul.
Gilberto Gil disse que não irá para o ministério com idéias pré-determinadas nem pretende criar grandes mudanças. Sobre a verba destinada à pasta, uma das menores no orçamento federal, Gil afirma isso não é um limitador: "Em casa de pobre também se vive, e no Ministério da Cultura, com muito ou pouco dinheiro, também se viverá", disse o compositor.
MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), parlamentar mais bem votado na última campanha eleitoral no Rio de Janeiro e segundo no Brasil, com 263.015 votos, iniciou a vida pública em 1971, já como deputado federal. O advogado e jornalista foi eleito pela sétima vez, aos 52 anos. Ao longo desse período, dedicou-se à engenharia política no Congresso Nacional, sempre pautando sua atuação na Câmara pelo combate às políticas e reformas neoliberais conduzidas pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Foi deputado constituinte e presidiu inúmeras comissões na Câmara, entre elas, a Comissão Parlamentar do Idoso, a Comissão de Economia e a Subcomissão do Crime Organizado.
Como líder do PDT, partido ao qual ingressou em 1988, tem lutado pela legitimidade do processo legislativo. É um dos articuladores da Frente de Oposição no Congresso (PT, PSB e PCdoB) e foi avaliado com nota 10 pelo Diap em 1998, por sua atuação em favor das causas sociais e trabalhistas, diante das reformas propostas por Fernando Henrique Cardoso. Ainda pela avaliação do Diap, é um dos dez melhores parlamentares, e segundo a revista Veja, um dos 13 homens-chave do Congresso Nacional.
MINISTRO DOS TRANSPORTES
O deputado Anderson Adauto construiu sua vida pública no PMDB, partido pelo qual exerceu quatro mandatos de deputado estadual em Minas Gerais. Ainda nesse partido, foi secretário municipal de Comércio, diretor administrativo da Companhia de Desenvolvimento Integrado de Uberaba e Presidente da Assembléia Legislativa (1999-2001).
No ano em que deixou o posto, filiou-se ao PL, seguindo os passos do então senador José Alencar. Eleito para deputado federal na últimas eleições com mais de 100 mil votos, Anderson Adauto construiu sua base política no Triângulo Mineiro, tornando-se o deputado estadual mais votado da região.
Advogado, ocupou, na Assembléia Legislativa, todos os cargos e funções de destaque no Parlamento. Sua gestão à frente da Casa caracterizou-se pela interiorização das ações do Legislativo, maior interlocução com a sociedade civil organizada, independência do Poder Executivo e fiscalização mais rigorosa deste.
Destacou-se como um dos principais líderes do movimento contra a privatização de Furnas Centrais Elétricas e, em 2002, coordenou grupo de trabalho formado por autoridades estaduais e vários setores sociais com o objetivo de indicar propostas concretas de um novo modelo de segurança pública para Minas.
Anderson Adauto foi um dos maiores articuladores para a formação de uma Frente de Centro-Esquerda no PL, para que o partido pudesse participar da disputa à Presidência da República e ao Governo de Minas.
MINISTRO DOS ESPORTES
O deputado Agnelo Queiroz, novo ministro dos Esportes, é médico formado pela UFBA, com pós-graduação em Políticas Públicas pela UFRJ. Filiou-se ao PCdoB em 1985 e, em 1991, foi eleito deputado distrital pelo DF. Presidente do PCdoB de Brasília, foi reeleito, em outubro, para o terceiro mandado como deputado federal, com 95.239 votos. Dentro do partido, Agnelo é considerado da ala mais progressista e tem bom diálogo com setores mais conservadores do PT e de outros partidos no Congresso.
Na Câmara, foi membro titular da Comissão de Educação, Cultura e Desporto e é o autor da lei que destina 2% das arrecadações das loterias federais para o Comitê Olímpico Brasileiro. Também é de sua autoria a lei que cria o Programa Bolsa-Atleta, aprovada pela Câmara e que aguarda votação no Senado. Em seu último mandado, Queiroz destacou-se como o parlamentar que mais fiscalizou a destinação de recursos do Orçamento. Ele foi considerado pelo Departamento Intersindical de Apoio Parlamentar (Diap) como um dos mais influentes do País e o mais atuante do Distrito Federal. Em 2002, representou a Casa no II Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre; no II Encuentro Internacional de Solidariedad y por la Paz en Colombia y América Latina, na Cidade do México; e na II Assembléia Mundial sobre Envelhecimento, em Madri.
MINISTRO DO TURISMO
Presidente do PTB mineiro, o engenheiro químico Walfrido Mares Guia foi o escolhido para assumir a Pasta do Turismo, que agora está separada da do Esporte. Hoje em seu primeiro mandato na Câmara Federal, pelo PTB, o mineiro entrou na vida pública em 1974, como diretor do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino. Assumiu diversas secretarias, como a de Educação, Ciência e Tecnologia e Planejamento do estado de Minas, além de ter sido eleito vice-governador na chapa do candidato do PSDB ao governo de Minas, Eduardo Azeredo - seu primeiro cargo eletivo.
Na Câmara, seu destaque maior foi na área de Educação, onde presidiu a Comissão Permanente de Educação, Cultura e Desporto.
MINISTRO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Roberto Amaral, de 62 anos, é o representante do PSB no novo governo. O vice-presidente do partido é advogado, filósofo, jornalista, escritor e professor universitário, e ocupará o Ministério da Ciência e Tecnologia. Amaral nunca foi candidato a cargo eletivo. Sempre preferiu os bastidores da política e intitula-se "um militante do socialismo".
Nasceu em Fortaleza em 1940 e mudou-se para o Rio de Janeiro em 1970. Entre 1961 e 1962, foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Com a volta da democracia, foi um dos reorganizadores do PSB.
Em 1982, fundou, ao lado de Antônio Houaiss, Betinho, Darcy Ribeiro, entre outros, o Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos. É ex-presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. Amaral também é membro titular do Instituto dos Advogados Brasileiros, da International Sociological Association, da International Political Science Association e da International Association of Judicial Methodology, além de ser editor da revista Comunicação & Política.
MINISTRO DA DEFESA
Diplomata de carreira, José Viegas Filho foi escolhido para o Ministério da Defesa. O atual embaixador do Brasil na Rússia é considerado um diplomata versátil. É também um especialista em questões de segurança e em armamentos. Antes de ser designado para Moscou, foi representante brasileiro na Dinamarca e no Peru, encarregado de negócios em Cuba e cônsul-adjunto em Nova York, seu primeiro posto no exterior.
É velho amigo do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Entre os trabalhos mais relevantes de Viegas, está a negociação da assinatura do Brasil na convenção que proíbe o uso de minas terrestres.
MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
O ex-presidenciável Ciro Gomes, de 45 anos, assume o Ministério da Integração Nacional. Formado em Direito pela Universidade Federal de Fortaleza, foi eleito deputado estadual pelo primeira vez aos 24 anos. Tornou-se prefeito de Fortaleza aos 30 e foi eleito governador do Ceará com 32 anos. Em setembro de 1994, foi convidado pelo então presidente Itamar Franco para assumir o posto de ministro da Fazenda.
Em 1998, tentou eleger-se presidente da República pela primeira vez, ficando atrás de Luiz Inácio Lula da Silva e de Fernando Henrique Cardoso.
Nasceu em Pindamonhangaba (SP), mas mudou-se ainda pequeno, aos quatro anos, para Sobral (CE), onde cresceu.
SECRETÁRIO-GERAL DA PRESIDÊNCIA
À frente da Secretaria Geral da Presidência estará o professor Luiz Dulci, secretário-geral do PT e um dos principais articuladores políticos petistas.
Aos 46 anos, Dulci só exerceu cargo eletivo uma vez, de deputado federal, entre 1983 e 1986. Em 1996, ajudou a formar a Fundação Perseu Abramo, sediada em Belo Horizonte (MG), voltada à realização de estudos e eventos sobre política e cultura.
Dulci foi fundador do PT. Nos anos 70, militava no Movimento de Emancipação do Proletariado (Mep), de orientação marxista-leninista, que funcionava na clandestinidade.
Na Executiva do PT, ocupou diversos cargos - secretário de organização, de cultura, de políticas sociais e assuntos institucionais, além de vice-presidente. Na Prefeitura de Belo Horizonte, exerceu as funções de secretário de Governo e de Cultura.
Dulci teve papel fundamental na campanha de Lula. Ficou responsável pelas articulações políticas internas e pacificou a aliança com o PL em Minas Gerais, cujo diretório deu o candidato a vice-presidente, José Alencar.
SECRETÁRIO DE DIREITOS HUMANOS
O novo secretário nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, é jornalista formado pela PUC-MG, com pós-graduação em Ciências Políticas pela UFMG. Um dos fundadores do PT, foi deputado estadual e encerrou seu terceiro mandato consecutivo como deputado federal. Em 1990, presidiu a Comissão Especial Externa da Câmara sobre os desaparecidos políticos, responsável pela lei que estabeleceu reparação moral aos mortos por motivos políticos e indenizações a seus familiares. Propôs, em 1995, a criação da Comissão Permanente de Direitos Humanos, tendo sido seu primeiro presidente. Foi autor do requerimento de criação da CPI que investigou casos de tortura e maus-tratos praticados por policiais.
Nilmário Miranda é membro do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Ministério da Justiça e secretário-geral da Comissão de Direitos Humanos do Parlatino.
SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
O advogado Tarso Genro vai comandar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social, órgão criado pelo governo Lula. Aos 53 anos de idade, já foi vereador de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, vice-prefeito de Porto Alegre e deputado federal pelo Estado. Foi prefeito de Porto Alegre entre 1993 e 1996 e reelegeu-se em 2001, cargo que ocupa atualmente.
Nascido em São Borja, é bacharel em Direito, especializado em direito Trabalhista. É professor do curso de extensão universitária da Escola de Governo, junto ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, membro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores e coordenador do Conselho Político da Frente Democrática e Popular.
CORREGEDOR-GERAL DA UNIÃO
O deputado Waldir Pires, novo Corregedor Geral da União, já foi governador da Bahia, ministro da Previdência Social e consultor-geral da Presidência da República. Sua carreira política, iniciada aos 24 anos como secretário do governo baiano, levou-o à Assembléia Legislativa da Bahia por uma vez e à Câmara dos Deputados por três mandatos.
Foi ministro da Previdência, a partir de 1985. Advogado, Waldir Pires também foi professor de direito constitucional e consultor jurídico do Ministério da Justiça. No Congresso, integrou a Comissão de Constituição e Justiça e participou das comissões de reforma do Poder Judiciário e do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
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Da Redação/PR
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