Deputados querem discutir política para medicamento contra a gripe

05/08/2009 - 14:11  

Os deputados da Comissão de Seguridade Social e Família querem aproveitar a comissão geral sobre a nova gripe para esclarecer a política do governo de distribuição do antiviral mais conhecido contra a doença, o Tamiflu.

O deputado Alceni Guerra (DEM-PR), ministro da Saúde no governo Collor, acredita que o governo errou ao restringir o uso do remédio para casos graves e grupos de risco, em um primeiro momento. "Na nossa fronteira, nós assistimos motoristas chilenos com Tamiflu no porta-luvas. Nossos caminhoneiros se tiverem uma gripe terão que esperar que a Fiocruz mande [o remédio] do Rio de Janeiro para o Paraná", critica.

Segundo Alceni, o remédio não será usado indiscriminadamente porque a população está consciente sobre a gripe e os médicos terão que autorizar o uso.

Já o deputado Germano Bonow (DEM-RS), que foi secretário de saúde de seu estado, ressalta que é preciso aumentar o números de leitos disponíveis nos hospitais. O parlamentar lembra que, nos meses de inverno na região sul, já há normalmente uma superlotação nos hospitais. "Com essa epidemia de gripe, as UTIs, as emergências e os hospitais estão lotados. Então é urgente que se tome medidas em relação à assistência hospitalar ao paciente que tem gripe."

Dados estatísticos
O ex-ministro do governo Lula, o deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG), acredita que o governo terá oportunidade de explicar suas ações na comissão geral com argumentos baseados em dados estatísticos.

"O Ministério [da Saúde] vai poder mostrar as diligências que tem feito, as providências que tem tomado no sentido de tentar controlar a disseminação da gripe; vai apresentar dados sobre morbidade, mortalidade e fatos específicos."

Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou que o governo vai mudar o protocolo relativo à nova gripe para que os médicos tenham mais flexibilidade para receitar o Tamiflu. Além disso, afirmou que cerca de 40 milhões de doses da vacina contra a gripe deverão estar disponíveis até o ano que vem.

Reportagem - Sílvia Mugnatto / Rádio Câmara
Edição - Natalia Doederlein

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