Dilma Rousseff vem explicar impacto da crise nas medidas do PAC

21/11/2008 - 16:53  

A Câmara vai realizar audiência pública conjunta, no dia 3 de dezembro, para ouvir a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sobre os impactos da crise do sistema financeiro internacional na implementação das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O debate será promovido pelas comissões de Finanças e Tributação; de Desenvolvimento Urbano; de Fiscalização Financeira e Controle; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Minas e Energia.

Autor de um dos requerimentos para a realização da audiência, o deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA) assinala que, mesmo fortalecida com medidas econômicas do governo, a economia brasileira tem sentido efeitos diretos da crise financeira internacional. Por isso ele considera que os parlamentares precisam compreender como ficam os investimentos públicos, principalmente aqueles vinculados ao PAC, nos próximos anos. "No bojo do programa há investimentos importantes nas áreas de habitação, saneamento e transporte urbano que interessam diretamente a Comissão de Desenvolvimento Urbano."

Energia e infra-estrutura
O requerimento do deputado Eduardo Valverde (PT-RO), aprovado na Comissão de Minas e Energia, pede esclarecimentos sobre as obras do PAC no setor energético. Valverde também quer explicações sobre as decisões para a integração energética com países da America do Sul. "Não restam dúvidas que as decisões do governo federal para alavancar os investimentos do PAC no setor energético tiveram o caráter de sustentabilizar o desenvolvimento socioeconômico do País. Mas há um conjunto de obras em execução, outras em fase de planejamento e outras poucas com dificuldades." O parlamentar ainda lembrou que na ultima visita do Presidente Lula a países sul-americanos houve entendimento para a construção de cinco hidrelétricas binacionais.

O deputado Fernando Coruja (PPS-SC), que solicitou o debate na Comissão de Finanças e Tributação, acrescenta que um dos primeiros setores a sofrer perdas com a crise, muito provavelmente, será o de investimentos públicos em infra-estrutura, mais especificamente o de portos e hidrelétricas. "Setores que formam a base do PAC, já são os mais atingidos pela escassez de crédito internacional. Além disso, de setembro para outubro, os investimentos nas obras do PAC caíram quase 80% em conseqüência da crise econômica."

O debate será às 10 horas, no plenário 3.

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Da Redação/ RCA

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