Motta: proposta de combate ao crime organizado é a mais viável politicamente
18/11/2025 - 18:10 • Atualizado em 18/11/2025 - 18:43

O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que o texto do marco legal de combate ao crime organizado, que será votado hoje pelo Plenário, foi construído de forma a tornar a proposta mais viável politicamente para ser aprovada. Segundo ele, vai ser a resposta mais dura da história da Casa no combate às facções criminosas.
“Estamos aumentando penas e criando novas tipificações de crimes. Os chefes irão direto para presídios federais, e seus despachos com advogados serão gravados, não terão visitas íntimas. Estamos tipificando o novo cangaço, o domínio de cidades, a cooptação de crianças e adolescentes. Os chefes terão penas maiores do que as da Lei Antiterrorismo”, disse o presidente, após a reunião de líderes.
Motta afirmou que o projeto enviado pelo governo tem pontos positivos e que será melhorado pelo trabalho legislativo. Segundo ele, a decisão do Plenário será soberana sobre eventuais destaques e alterações no texto.
“Quem falará ao final é o Plenário, e o painel vai expressar o resultado da Casa”, afirmou Motta.
Obstrução
Já no Plenário, Motta se disse surpreso pela obstrução ao texto. "Temos obstrução total dos maiores partidos da Casa, PL e PT, por incrível que pareça, em uma pauta tão importante. Estou sem entender o porquê da obstrução, mas vamos ter de enfrentar. E temos 15 destaques apresentados", afirmou. Pouco depois, o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, afirmou que o partido não iria obstruir a votação do texto.
"Teremos uma noite bastante longa, mas vamos concluir no dia de hoje a votação do marco legal de enfrentamento ao crime organizado", afirmou Motta.
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Reportagem – Luiz Gustavo Xavier e Tiago Miranda
Edição – Wilson Silveira