Cenipa considera positiva redução de vôos no aeroporto

25/03/2008 - 21:54  

O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), Jorge Kersul Filho, elogiou a decisão da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) de diminuir o movimento de aviões no aeroporto de Congonhas. Ele participou nesta terça-feira de audiência pública da Comissão de Relações Exteriores sobre a segurança do aeroporto de Congonhas.

Segundo ele, antes do acidente ocorrido com o avião da TAM em 2007, a média de Congonhas era de 44 movimentos por hora. Após a medida da Anac, esse número caiu para 30 movimentos da aviação comercial e 4 da aviação Executiva. "Isso trouxe mais tranqüilidade para todos", avaliou.

Demora na apuração
O deputado Antônio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) questionou Kersul Filho sobre o que considerou uma demora do Cenipa na investigação sobre o acidente com a aeronave da TAM. Kersul destacou que, mundialmente, uma investigação desse porte leva dois anos. Segundo ele, a investigação do Cenipa está bastante avançada. Entretanto, voltou a afirmar que o relatório final não é tão importante assim, pois o que vale mesmo são as recomendações já divulgadas pelo Cenipa em relação a Congonhas.

Ele manifestou preocupação, no entanto, com a entrada de novas aeronaves em circulação no estado de São Paulo, principalmente de helicópteros modernos. Segundo ele, isso aumentará ainda mais o tráfego aéreo no estado, que já concentra 40% do tráfego total do País. Dos quatro aeroportos com maior movimento no Brasil, três ficam em São Paulo: Guarulhos, Congonhas e Campo de Marte.

Acidente
Os deputados Miguel Martini (PHS-MG) e Ivan Valente (Psol-SP) questionaram o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos se o acidente com o vôo 3054 da TAM em julho de 2007 poderia ter sido evitado se a pista do aeroporto de Congonhas (SP) fosse maior. "O resultado foi catastrófico naquele dia, não por causa do tamanho da pista, mas por causa da localização do aeroporto", afirmou Kersul. Segundo ele, os pilotos têm que tomar decisões muito rápidas e, se tivesse havido tempo para arremeter o avião, o piloto do vôo 3054 o teria feito.

Reportagem – José Carlos Oliveira/Rádio Câmara
Edição – Paulo Cesar Santos

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