XVI Seminário LGBTI+ do Congresso Nacional - Memória, Verdade e Justiça: 50 Anos da Luta LGBTI+
A Câmara dos Deputados convida para o "XVI Seminário LGBT do Congresso Nacional - Memória, Verdade e Justiça: 50 anos da Luta LGBTI+" a realizar-se no dia 25 de junho, das 9h às 19h, no auditório Nereu Ramos. O evento, este ano, rememora os 50 anos do Levante de Stonewall, marco internacional da luta LGBTI+. Naquele mês de junho de 1969, nos Estados Unidos, os dias foram de manifestação, resistência e insurgência contra os abusos, humilhações e violência física que o Estado e seu aparato repressivo – a polícia – dirigia contra as LGBT. Além do seminário, nesta edição, uma Sessão Solene celebra a data, no Plenário Ulysses Guimarães.
PROGRAMAÇÃO*
09 horas –
Cerimônia de Abertura
·
Execução do Hino Nacional
·
Presidentes das Comissões de Cultura; Defesa dos Direitos da
Mulher; Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; Direitos Humanos e Minorias;
Educação; Legislação Participativa; Seguridade Social e Família; Trabalho,
Administração e Serviço Público.
·
Parlamentares Requerentes do Seminário
·
Lideranças LGBTI+
10h30:
1ª Rodada - Memória: De onde viemos?
Resgate histórico do contexto do Levante de Stonewall,
nos Estados Unidos; resistência à ditadura civil-militar; constituição e
organização dos coletivos precursores do movimento LGBT no Brasil e em outras
partes do mundo.
1. Jane Di Castro – Cantora
e artista performática brasileira, começou se apresentando em casas noturnas do
bairro de Copacabana/RJ e, em 1966, estreou no Teatro Dulcina. Foi dirigida por
Bibi Ferreira no espetáculo Gay Fantasy no qual também atuaram Rogéria, Marlene
Casanova e outras e Ney Latorraca. Apresentou-se em diversos palcos do Brasil e
do exterior, incluindo uma performance no Lincoln Center. Em 2004 estrelou no
Teatro Rival o espetáculo Divinas Divas que manteve-se em cartaz por 10 anos.
Depois de 47 anos vivendo com Otávio Bonfim, formalizou a união em 2014, num
casamento coletivo que reuniu 160 casais LGBT.
2. Wellington Andrade – Em
1970 foi secretário da comunidade católica de Homossexuais em Aracajú, em 1980
criou o Dialogay um dos grupos mais atuantes, fundou dois jornais Gays JOURNAL
Gay Internacional e o Jornal Lampião da esquina no diretório central de
estudantes da UFS Universidade Federal de Sergipe (UFS), em 2004, fundou o
Grupo ADAMOR, motivado pelo assassinato bruto de um gay. Atualmente é
presidente de honra do ADAMOR CORES DA VIDA e tem contribuído fortemente para
ampliar a luta e a defesa dos direitos da comunidade LGBTQI na Bahia e no
Brasil.
3. Heliana Hemetério – historiadora,
iniciou sua militância em 1984, atua no Movimento de Mulheres Negras,
participou da coordenação do I Seminário de Lésbicas em 1996 no Rio de Janeiro
e da coordenação do I e II Seminário de Lésbicas Negras e atual vice presidenta
lésbica da Abglt e Articuladora do Candaces, Rede Nacional de Lésbicas Negras.
4. Yone Lindgren
5. Amika Tendaji - representante do Black
Lives Matter (EUA), reconhecida defensora de direitos humanos, que virá
representando o coletivo Black Lives Matter (BLM), dos Estados Unidos. O BLM
tem pautado sua atuação na denúncia das agressões e violências sofridas pela
população negra norte-americana e na defesa de seus direitos civis. O nome –
“Vidas Negras Importam” – reflete a linha de ação do grupo. Além de defensora
de direitos humanos, Amika Tendaji é poeta, fotógrafa, LGBTi+ e coordenadora
regional do BLM de Chicago.
6. Cláudio Nascimento (mediador) – filósofo, é ativista LGBTI há 30 anos, Atualmente é coordenador executivo do Grupo
Arco-Íris de Cidadania LGBTI, é diretor de políticas públicas da Aliança
Nacional LGBTI e coordenador no Brasil da Rede Gaylatino. É fundador e
coordenador da Parada do Orgulho LGBTI-Rio. Em 1994 protagonizou com Adauto
Belarmino Alves o primeiro casamento gay público do Brasil. Foi candidato a
vereador pelo PT do Rio de Janeiro nas eleições de 1996. Foi idealizador e
coordenou, por 9 anos, do Programa Estadual Rio Sem Homofobia (2007 a 2016).
Coordenou a articulação e elaboração do Programa Federal Rio Sem Homofobia
(2004). É cidadão honorário dos
municípios do Rio de Janeiro (2002), Maceió (2013) e Quatis(2014). Também
recebeu pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro a Medalha Tiradentes
(2002) e da Câmara Municipal do Rio de Janeiro a Medalha Pedro Ernesto
(2015). É comendador da UERJ com a
Medalha José Bonifácio, na categoria Grão Oficial (2013). É co-autor do Livro "Quando ousamos
existir: itinerários foto biográficos do Movimento LGBTI Brasileiro -1978-2018"
(2018). Também, atualmente é parte
da coordenação do Centro de Memória e Formação Arco-íris de Cidadania LGBTI,
projeto de identificação e registro da memória do Movimento LGBTI Brasileiro e
Fluminense e do projeto Casa Arco-íris de Cidadania LGBTI, de apoio jurídico e
psicossocial no Rio de Janeiro
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14h00:
2ª Rodada – Verdade: Onde estamos? Análise
de conjuntura sobre atualidade das questões que envolvem o espectro das
orientações sexuais e identidades de gênero no plano da sociedade e das
relações com o Estado; mudanças institucionais em curso nos últimos anos e, em
especial, com a posse do novo Presidente da República.
1. Marcelly Malta
–- Presidente da ONG Igualdade RS – Associação de Travestis e Transexuais do Estado
do Rio Grande do Sul, Vice-presidente da Rede Trans Brasil e militante
histórica do movimento de pessoas trans no Brasil.
2. Danielle Brigida – Mora em Brasília
3. Beto de Jesus
– É Country Program Manager da Aids Healthcare Foundation (AHF Brasil).
Educador de formação, consultor em Diversidade Sexual e Gênero para organismos
nacionais e internacionais, públicos e privados, com diversas publicações sobre
o tema. Membro-fundador da Parada do Orgulho LGBTI+ de São Paulo e Diretor para
o Brasil da ILGA (International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex
People Association).
4. Erika Hilton – é
transvestigenere, negra, estudante de Gerontologia na Universidade Federal de
São Carlos, no interior paulista e co-Deputada Estadual pela Bancada Ativista.
É uma das 3 mulheres trans eleitas em 2018 pelo PSOL. Erika luta pelo direito a
vida, dignidade e direitos sociais e humanos para todas as que são
marginalizadas e excluídas pelo CIStema.
5. Robeyoncé Lima – Nascida
e criada na comunidade do Alto Santa Terezinha, Zona Norte do Recife, é
bacharela em direito pela UFPE, e atualmente é técnica administrativa pela
mesma universidade. Como primeira advogada trans do Estado de Pernambuco, se
tornou militante nas pautas LGBT, negra e feminista. Membra da Comissão de
Diversidade Sexual e de Gênero da OAB-PE e co-deputada estadual pela MandatA
coletiva das JUNTAS. É também dançarina amadora.
6. Fernanda Costa Lima - é graduada em
Gestão de Marketing, foi dirigente da
União de Negros Pela Igualdade de Pernambuco, militante a 16 anos dos
movimentos sociais, integrou a direção do Bloco da Diversidade de Pernambuco de
2008 a 2012, atualmente é Gestora do Centro da Mulher Metropolitana Júlia
Santiago pela Secretaria da Mulher do Recife e Vice Presidenta Nacional da
UNALGBT.
7. Helena Vieira (mediadora) – pesquisadora,
transfeminista e escritora. Estudou Gestão de Políticas Públicas na
Universidade de São Paulo. Foi colunista da Revista Fórum e contribuiu com
diversos meios de comunicação, como o Huffpost Brasil, Revista Galileu
(especial sobre transexualidades) e Cadernos Globo (Corpo: artigo indefinido),
participando das discussões sobre a novela Força do Querer. Recentemente,
contribuiu com artigo para os livros “Tem Saída: Ensaios Críticos sobre o
Brasil”, " História do Movimento LGBT" e " Explosão
Feminista".
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17h00:
3ª Rodada – Justiça: Para onde
vamos? Perspectivas de avanço na conquista de direitos; extremismos e
resistência no Brasil e no mundo; o papel dos novos movimentos sociais, com
destaque para a cultura, mulheres, negritudes e juventudes.
1. Erica Malunguinho – educadora,
artista plástica, agitadora cultural e política brasileira. Em 2018, elegeu-se
deputada estadual, sendo a primeira mulher transexual da Assembleia Legislativa
de São Paulo. Conhecida por ter parido, na região central da cidade de São
Paulo, um quilombo urbano de nome Aparelha Luzia, território de circulação de
artes, culturas e políticas pretas, visível também como instalação estético-política,
zona de afetividade e bioma das inteligências negras.
2. Gustavo Bernardes –
ex Presidente do Conselho Nacional LGBT e coordenador de promoção dos direitos
de LGBT da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
3. Danieli Balbi – Professora
da Rede Pública Federal de Ensino - Fiocruz. Doutoranda em Ciência da
Literatura pela UFRJ. Assessora Parlamentar da Comissão de Defesa e Promoção
dos Direitos das Mulheres da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro. Diretora da UNALGBT.
4. Rivânia Rodrigues – Mulher Lésbica, Negra, Feminista e formada em
Gestão pública, integra a rede CANDACES. Coordenou o Semanário nacional de
Lésbicas e da construção do primeiro seminário de lésbicas negras. Foi a
primeira mulher no Estado a assumir um organismo da Política LGBT EM 2009 no município
de Recife na GLOS em 2012. Esteve à frente como gestora da realização da 1ª e
2ª Conferência LGBT Do Recife. Integra a Coordenação do Fórum LGBT de PE e
Conselheira Estadual de saúde.
5.
Rafa Carmo
Ramos – Artista Visual. Atualmente é coordenador da Rede Paraense de
Pessoas Trans, Conselheiro Estadual da Diversidade Sexual do Pará pelo segmento
de Transexuais e Coordenador de Raça e Etnia da Rede Trans Brasil.
6.
Dione do
Carmo Araújo Freitas - terapeuta Ocupacional formada pela FMRP-USP, pós graduada em
Reabilitação e Atenção a Saúde Hospitalar de Adultos e Idosos pela Residência
multiprofissional da FMUSP, recentemente conclui meu mestrado em
Desenvolvimento Territorial Sustentável pela UFPR estudando as políticas
públicas para pessoas trans, principalmente as que permitem o livre desempenho
da identidade de gênero, como por exemplo, o nome social e a retificação de
nome civil. Atuo como voluntária no grupo dignidade de Curitiba, colaborada do
transgrupo Marcela Prado, além de coordenadora da área de intersexuais da
aliança nacional LGBTI e de diretora da Abrai (associação Brasileira de
Intersexos).
7. Fábio Felix (mediador)
– assistente social, professor e político brasileiro. Em 2018, elegeu-se
deputado distrital para a Câmara Legislativa do Distrito Federal, sendo o um
dos poucos eleitos assumidamente gays. Mora
em Brasília.
8. Apresentação artísitica: Ikarokadoshi
- Jornalista,
apresentador de TV no programa “Drag me
as a Queen” no Canal E! Premiado como o melhor reality show de 2018, no Rio
2C. Foi eleito em 2010 pela G Magazine como um dos cinco melhores artistas. Fez
shows ao redor do mundo, como na Cidade do México (2005), no Transatlântico
Italiano MSC Armonia em (2007e2008), em Roma (2008), em Guayaquil no Equador (2013),
em Bávaro na República Dominicana (2011). Foi eleito a melhor performance de
São Paulo no ano de 2014 pelo Prêmio Papo Mix. Foi homenageado pelo artista
plástico Rafael Suriani com grafites da Imagens do Ikaro pelo centro da cidade
de São Paulo, na Tag Gallery e em
Paris. Fez parte do musical “Chicago”, no qual interpretou Velma Kelly e do
clássico “Rocky Horror Picture Show”,
no qual interpretou o Dr. Frank n’ Furter. Foi eleito pela Billboard como uma das 34 drags
mais conhecidas no mundo. Foi leito pela Revista Americana Out uma das 60 melhores drag
queens do Mundo.
19horas: Abertura
da Exposição na CAL/UnB
(*)
A programação é de responsabilidade dos
organizadores do evento e poderá sofrer alteração sem prévio aviso. Informações:
(61) 3215-9978