Política e Administração Pública

Joaquim Nabuco pode entrar no Livro dos Heróis da Pátria

25/11/2005 - 11:55  

O Projeto de Lei 5873/05, do deputado Elimar Máximo Damasceno (Prona-SP), determina a inscrição do nome do diplomata, escritor e parlamentar Joaquim Nabuco no Livro dos Heróis da Pátria, que fica no Panteão da Liberdade e da Democracia, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O Panteão foi inaugurado em 1986, em memória ao ex-presidente Tancredo Neves.
No Livro dos Heróis da Pátria, estão inscritos nomes de brasileiros ilustres, já mortos, que merecem ter sua memória preservada pelos seus feitos em prol da liberdade e da democracia. Lá estão, por exemplo, Tiradentes, Marechal Deodoro da Fonseca, Zumbi dos Palmares e Dom Pedro 1º.

Contra a escravidão
Para Damasceno, Joaquim Nabuco deve ser lembrado como o patrono da diplomacia brasileira e como árduo defensor da abolição da escravatura.
Joaquim Nabuco nasceu em Recife (PE), em 19 de agosto de 1849, e morreu em Washington, D.C. (EUA), em 17 de janeiro de 1910. Ingressou na carreira diplomática em 1876, tendo sido logo nomeado adido brasileiro na capital norte-americana. Em 1879, ao retornar ao Brasil, foi eleito deputado geral pela província de Pernambuco. Em 1880 fundou a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.
Monarquista convicto, Joaquim Nabuco abandonou a vida política após a Proclamação da República, em 1889. Em reconhecimento aos seus méritos, o governo republicano incumbiu Joaquim Nabuco de várias missões diplomáticas, inclusive a chefia das embaixadas brasileiras em Londres e Washington.
É autor de O Abolicionismo (1883), Balmaceda (1895), Um Estadista no Império (1897-99), e a autobiografia Minha Formação (1900).

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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Reportagem - Maria Clarice Dias
Edição - Sandra Crespo

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