Comissão de Agricultura aprova fundo de apoio à cultura da palma forrageira
16/05/2014 - 16:02

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou, na quarta-feira (14), o Projeto de Lei 6947/13, do deputado Alexandre Toledo (PSB-AL), que cria o Fundo de Apoio à Cultura da Palma Forrageira (Funpalma).
O principal objetivo da iniciativa é financiar a modernização da cultura desse tipo de palma e aumentar a área plantada. O incentivo à palma forrageira também busca criar alternativas para fomentar a agroindústria da cadeia leiteira e pecuária.
De acordo com o texto, o fundo será abastecido com recursos do orçamento da União, de convênios com instituições públicas e privadas, além de doações e contribuições.
Bacias leiteiras
O relator, deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), defendeu o uso extensivo da palma. “A palma forrageira é o alimento mais utilizado pelos produtores nas bacias leiteiras do Nordeste brasileiro, principalmente na época do verão”, disse.

Matos lembrou que a proposta pode fortalecer a palma forrageira assim como aconteceu com a cultura cajueira a partir da lei que criou o Fundo de Apoio à Cultura do Caju (Funcaju – Lei 12.834/13).
De acordo com ele, a consolidação da palma forrageira como alimento animal evitará a morte, por inanição, do rebanho bovino regional e enormes prejuízos à economia.
Maior produtor
O Brasil é o maior produtor mundial de palma forrageira, cultivada basicamente no semiárido nordestino. Estima-se que existam cerca de 500 mil hectares de palma forrageira no Nordeste, distribuídos nos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e Bahia.
A palma forrageira foi introduzida no Brasil no final do século XIX com o objetivo de produção de um corante, sendo depois descoberta sua vocação para alimentação animal.
A produção obtida em um hectare de palma adensada é cerca de 300 toneladas a cada dois anos, o que permite alimentar, no período de seca, 30 vacas durante 180 dias com um consumo médio diário de 50 kg de palma por vaca.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Newton Araújo