Benefício a países pobres deixa de ser incluído na MP
08/06/2010 - 22:56
Pouco antes da votação da MP 482/10 nesta terça-feira, os partidos chegaram a um acordo e o Plenário aprovou um destaqueMecanismo pelo qual os deputados podem retirar (destacar) parte da proposição a ser votada, ou uma emenda apresentada ao texto, para ir a voto depois da aprovação do texto principal. da oposição para retirar, do texto do relator Fábio Ramalho (PV-MG), a permissão dada ao governo para reduzir o Imposto de Importação de produtos de países classificados pela Organização das Nações Unidas (ONU) como de menor desenvolvimento.
Essa permissão havia sido incluída pelo relator no texto a pedido do governo, mas provocou divergências no plenário. O líder do PSDB, deputado João Almeida (BA), disse que o seu partido apoiava a MP, mas não esse dispositivo.
Vanderlei Macris (PSDB-SP) também criticou esse ponto. Segundo ele, o Brasil estaria se abrindo para o produto estrangeiro e a consequência poderia ser a "quebra do setor têxtil, que emprega 1,6 milhão de pessoas".
Porém, segundo o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), essa crítica foi infundada: "Não há interesse menor; nós queremos uma política externa com grandeza, que dote o Brasil de mecanismos usados por outros países, inclusive os Estados Unidos, para reduzir impostos sobre produtos de países de menor desenvolvimento, por razões humanitárias."
Reportagem – Eduardo Piovesan e Luiz Claudio Pinheiro
Edição – João Pitella Junior