Foto: Depositphotos e USP Imagens

O papel das mulheres na ciência

Podcast da Rádio Câmara mostra que as mulheres são maioria nos cursos de mestrado e doutorado, mas não têm o mesmo espaço que os homens no mercado de trabalho nem os mesmos salários. Em três capítulos, reportagem explora o desafio de aumentar a representatividade feminina em diferentes áreas do conhecimento no Brasil.

Dos 324 mil alunos inscritos em programas de Mestrado e Doutorado no Brasil, 54% são mulheres. Esse número é semelhante ao dos países desenvolvidos, como os Estados Unidos. Também houve um aumento de 115% no número de mulheres matriculadas nos mestrados e doutorados de Engenharia entre os anos de 2004 e 2017.

Apesar da melhoria dos índices nos últimos anos, ainda é pequena a presença feminina em postos de direção e chefia, principalmente nas áreas ligadas às Ciências Exatas, Engenharia e Tecnologia. As mulheres ainda encontram dificuldades para se estabelecerem em certas áreas, principalmente as ligadas a tecnologia.

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    Márcia Barbosa, UFRGS: “Como ainda hoje no Brasil – e isso não sou eu que estou dizendo, é o IBGE – as mulheres trabalham pelo menos dez horas a mais que os homens por semana no trabalho doméstico. As mulheres são olhadas pelo empregador como funcionárias que vão ter menos dedicação para aquele trabalho da empresa, da universidade, da Academia, da Ciência. Então a gente precisa desconstruir isso.” Foto: UFRGS

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    Ester Sabino, USP: “Eu acho tão importante os cientistas começarem a falar ou conseguir entrar na mídia, porque as crianças precisam ter essa visão. Os meninos vão querer ser jogador de futebol, as meninas também, mas não pensam em ciência. Ah, quero ser um cientista! Não tem um modelo. Por isso a gente precisa estar na mídia, explicando o que é, informando da importância, como isso pode alterar as coisas.” Foto: Divulgação

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    Deputada Margarida Salomão (PT-MG), ex-reitora da UFJF: “Eu acho que é uma questão cultural que tem que ser dirigida, que tem que ser abordada já na educação básica, que sejam divulgados exemplos de mulheres cientistas, de mulheres que são referência na matemática, na ciência. É uma tradição que ficou sempre um pouco acobertada, como se as mulheres não tivessemesse talento, essa disposição.” Foto: Acervo CD

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    Anna Luísa Beserra, premiada pela ONU: “Eu vejo que passei muita dificuldade. São seis anos de desenvolvimento de tecnologia e já conheci outras pessoas que estavam desenvolvendo na área social e acabaram desistindo pela falta de estímulo. E estou vendo que agora pelo menos com avanço e a divulgação do projeto as coisas vão se tornando mais fáceis e acredito que isso pode abrir portas e estimular mais pessoas a seguirem esse caminho.” Foto: ONU

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    Deputada Leandre (PV-PR), engenheira civil: “O maior problema que a gente enfrentava lá no passado, pelo menos foi o que eu enfrentei, é que o ambiente acadêmico já é difícil de frequentar, porque a maioria é formada por homens. Além de enfrentar uma faculdade que não é fácil – porque a faculdade de Engenharia não é fácil para ninguém – você ainda tinha que enfrentar muito preconceito.” Foto: Acervo CD

Ouça os três capítulos do podcast

Parte 1

Parte 2

Parte 3