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Políticas públicas para o autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno de desenvolvimento do cérebro que prejudica a capacidade de comunicação e interação com outras pessoas. Ouça reportagem da Rádio Câmara e saiba mais sobre as características do transtorno e as políticas públicas apresentadas para dar assistência a essa parcela da população.

Podcast: Parte 1

A pessoa autista pode ter dificuldade em manter o contato visual Foto: Depositphotos

O paciente autista pode apresentar dificuldade em manter o contato visual, expressar as emoções, sentir bloqueio na hora de iniciar uma conversa e praticar movimentos repetitivos, como balançar o corpo para frente e para trás.

Esses movimentos, chamados de estereotipias, geralmente acontecem quando o autista é exposto a muitos estímulos. As ações repetitivas ajudam a pessoa dentro do espectro autista a manter a calma e reorganizar os sentimentos.

Podcast: Parte 2

Carteira de identidade concede prioridade de atendimento Foto: Divulgação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que haja 70 milhões de pessoas com autismo no mundo. No Brasil, estima-se que existam 2 milhões.

Neste ano, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 13.977/20, originária de um projeto de lei da Câmara dos Deputados, que institui a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, a Ciptea.

O documento é gratuito e concede às pessoas identificadas prioridade de atendimento em serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, assistência social e educação.

Maria Yvelonia Foto: Acervo CD

Nídia de Sá Foto: Acervo CD

Maria Yvelonia, diretora de Proteção Social Especial do Ministério da Cidadania, ressaltou a existência do Centro-Dia, um dos serviços públicos disponíveis aos autistas, que desenvolve atividades com o objetivo de exercitar a convivência em grupo e apoiar os familiares desses pacientes.

O Ministério da Educação analisa implementar novas mudanças na Política. A diretora de Inclusão e Apoio a Pessoas com Deficiência, Nídia de Sá, informou que o plano sugere a criação de um centro educacional especializado para atender estudantes com o transtorno do espectro autista.

Volmir Raimondi Foto: Acervo CD

Lucelmo Lacerda Foto: Acervo CD

O coordenador-geral dos direitos da pessoa com deficiência da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Volmir Raimondi, afirmou que a secretaria está trabalhando em atualizações na Lei Brasileira de Inclusão (LBI). Essa lei defende que é dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, o acesso à educação.

Segundo o doutor em educação Lucelmo Lacerda, a comunicação alternativa, que usa ferramentas para auxiliar pessoas com deficiência a se comunicarem, é apontada como um recurso fundamental para a educação de pessoas com autismo. Segundo cartilha do Ministério da Educação, esse método contribui e aumenta a comunicação entre o professor e o aluno com necessidade educacional especial.

O símbolo escolhido para o autismo é o quebra-cabeça, que expressa a diversidade e a complexidade do espectro Ilustração: Depositphotos

Comemoração do Dia Mundial da Conscientização do Autismo em Brasília Foto: Agência Brasil