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O Brasil continua no topo do ranking global de juros reais - acima de México, Colômbia, Chile e África do Sul. Para estabelecer esse ranking os economistas fazem um cálculo que leva em conta a inflação esperada e os juros oficiais, no caso, a taxa Selic.Assim, os juros reais ficam em 6,68% - os maiores do mundo.

Para alguns analistas essa política de juros altos é importante para segurar a inflação. Para outros, ela tem prejudicado a atividade econômica do País.

Alimentados por esses juros reais altos– mas não somente por eles – empréstimos e financiamentos podem chegar a 437% ao ano como é o caso do cartão de crédito rotativo.

E, numa tentativa de limitar especificamente essa cobrança de juros no cartão rotativo, a Câmara dos Deputados aprovou recentemente regras para limitar essa cobrança em até 100% ao ano.

Mas, essa regra vai conseguir se impor ao mercado? Se a inflação está sob controle por que o Brasil ainda mantém essas taxas de juros tão altas? Para falar sobre esse tema o Câmara Debate recebe os deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Luiz Carlos Hauly (PODE-PR).