20/11/2015
Pressão nas galerias marca sessão de apreciação de vetos
Plenário cheio, muita expectativa e pressão das galerias marcaram a sessão do Congresso para votação de vetos da presidente da República a itens das chamadas pautas-bomba, como o veto ao reajuste de até 78 por cento para os servidores do poder Judiciário, o mais polêmico. O governo queria manter o veto para evitar, segundo ele, aumento dos gastos públicos em mais de cinco bilhões de reais. Houve muito discurso contra o veto.
O veto ao reajuste do Poder Judiciário foi destacado para votação em separado.
Apesar da maioria dos discursos contra o veto, a oposição na Câmara não conseguiu número suficiente para derrubá-lo. Com a manutenção, o veto não precisou ir ao Senado.
Outro veto, o que barra a extensão das regras de reajuste anual do salário mínimo para os aposentados e pensionistas do INSS, também gerou discussão, mas foi mantido.
Contrariando expectativas, devido à orientação de vários líderes, deputados mantiveram o veto ao financiamento empresarial de campanhas, um dos temas mais polêmicos das votações.
Deputados reagiram à decisão do presidente em exercício da Câmara, Felipe Bournier, de cancelar a reunião do Conselho de Ética da manhã de quinta-feira para leitura do relatório preliminar do deputado Fausto Pinato no processo contra o presidente da câmara, Eduardo Cunha, por falta de decoro parlamentar.
Parlamentares se dirigiram à sala do Conselho de Ética para retomar a reunião suspensa. A votação em plenário continuou, mas, momentos depois, o presidente Eduardo Cunha anuncia a suspensão da decisão tomada pelo deputado Felipe Bournier, quando presidia a sessão plenária.
Apresentação — Antonio Carlos Silva