08/05/2015
Votação da medida provisória que dificulta acesso a seguro-desemprego é turbulenta
Muitas críticas e manifestações marcaram a discussão e votação da medida provisória que dificulta o acesso a benefícios como o seguro-desemprego, abono salarial e o seguro-defeso, uma das proposta do ajuste fiscal. O texto votado prevê, por exemplo, carência de 12 meses de trabalho nos 18 meses anteriores à demissão para o primeiro pedido de seguro-desemprego.
No início das discussões a oposição – deputados Pauderney Avelino (DEM-AM) e Mauro Pereira (PMDB – RS) cobrou a participação do PT e aliados nos debates.
O líder do PT, deputado Sibá Machado (PT-AC) saiu em defesa do ajuste fiscal. Carlos Zarattini (PT-SP) reforçou o argumento.
A oposição voltou às críticas, com os deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Bruno Araújo (PSDB-PE).
O deputado José Guimarães (PT-CE) defendeu de novo a aprovação do ajuste.
Para o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), as medidas provisórias consagram uma traição ao trabalhador.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) criticou a oposição, que agora assume agora a defesa dos trabalhadores.
O líder do PDT, deputado André Figueiredo, do Ceará, informou que seu partido ia votar contra a MP.
Num clima tenso e apesar da obstrução das oposições, a base aliada ao governo derrotou vários pedidos para adiar a votação da medida, mesmo com a maior parte dos discursos contra a proposta.
O deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA) criticou a MP que tira direito do trabalhador.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) foi vaiada durante o discurso.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) voltou a defender a extinção do Partido dos Trabalhadores.
Houve reação dos parlamentares do PT, da própria oposição e das galerias.
Os deputados Orlando Silva (PCdoB-SP) e Roberto Freire (PPS-SP) discutiram. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) reclamou que foi agredida por Freire. O presidente interrompeu a sessão novamente.
Nova confusão se armou entre os deputados Glauber Braga (PSB-RJ) e Alberto Fraga (DEM-DF). Parlamentares mulheres se manifestaram.
A sessão foi suspensa para acalmar os ânimos. E a obstrução prosseguia. Mas um acordo de líderes permitiu a votação da medida, que foi aprovada nos termos do projeto de lei de conversão. A medida segue agora para o Senado Federal.