20/03/2015
Declarações do então ministro Cid Gomes movimentam Plenário da Câmara
Convocado para explicar declarações suas de que haveria no Congresso 300 ou 400 achacadores que se aproveitam da fragilidade do governo, o ministro da Educação, Cid Gomes, disse que a afirmação feita reservadamente a estudantes não refletia sua opinião sobre o Parlamento. Ficou surpreso com a notícia da visita de deputados para verificar seu estado de saúde. Pediu desculpas a quem se sentiu ofendido pelas afirmações e, ao repetir o que disse, provocou reações em plenário.
Minutos depois, o presidente da Câmara anunciou ao plenário que o ministro da Educação havia sido demitido. Na sequência, a base aliada votou unida e adiou a votação dos destaques da política de valorização do salário mínimo, como defendeu o líder do governo.
Deputados analisaram as manifestações realizadas em várias cidades do País na sexta (13) e no domingo (15), pedindo mudanças na economia, combate à corrupção e reforma política. Oposição fez duras críticas ao governo. As reações prosseguiram.
Os deputados concluíram a votação do projeto que regulamenta os direitos e deveres do empregado doméstico concedidos por emenda constitucional. Os debates giraram em torno da votação das emendas e partes do texto que foram destacados para nova votação, como a proposta do PSol, aprovada, que acabou com a restrição à concessão do seguro-desemprego aos trabalhadores domésticos apenas a três parcelas no valor de um salário mínimo. Com isso, esses trabalhadores terão direito ao seguro de três a cinco meses, como outras categorias. As modificações feitas na Câmara seguem para o Senado.
Parlamentares, ex-prefeitos e representantes de entidades ligadas aos municípios debateram mudanças no pacto federativo. Tanto deputados governistas quanto de oposição pediram mudanças na partilha de recursos e responsabilidades entre os governos federal, estaduais e municipais.
Apresentação — Antonio Carlos Silva