Câmara Hoje

O excesso de sal nos alimentos tem sido uma preocupação constante para os profissionais de saúde, principalmente por causa da hipertensão arterial. Aqui na Câmara está em discussão um projeto que obriga fabricantes de alimentos industrializados a informarem nos rótulos se há ou não sal na composição dos produtos.

Você já parou para pensar... Como um molho de tomate fica dias e até meses na prateleira do supermercado sem estragar? Os enlatados e os alimentos embutidos contêm uma infinidade de conservantes. Entre eles, o sódio, que também está presente no sal. Olha só: um grama de sal de cozinha contém 400 mg de sódio. E, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, para uma pessoa adulta a quantidade recomendada de sal é de uma colher de chá por dia! O problema é que com o consumo excessivo de enlatados e embutidos na dieta moderna nós estamos consumindo muito do que isso. Como nos conta o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Wagner Pires de Oliveira Júnior.

“Nós chegamos a ter hoje numa dieta nossa uma quantidade que é duas vezes maior do que isso.?O uso abusivo, o consumo grande de sal faz com que muitas doenças estejam relacionadas?que mostram uma relação muito clara do sódio com a hipertensão arterial, que é uma correlação mais natural, mais evidente.”

Dados da OMS apontam: a hipertensão é o principal fator de risco de morte no mundo. Então, como controlar a hipertensão? Com mudança de hábitos. E a principal delas é a redução no consumo de sal. Para tentar ajudar o consumidor, está em tramitação aqui na câmara projeto que obriga a indústria a informar nos rótulos dos alimentos a quantidade de sal. Além da inscrição “contém sal” ou “não contém sal”. O deputado Darcísio Perondi, do PMDB gaúcho, que é médico e coordenador da frente parlamentar da saúde apoia o projeto.