Câmara Hoje

O resultado das urnas vai mudar significativamente a composição na Câmara, o que poderá influenciar diretamente a governabilidade do futuro presidente. Se a base de apoio ao governo tiver a maioria, ficará mais fácil aprovar matérias de interesse do Executivo. As eleições deste domingo podem alterar também o jogo de forças no Parlamento. Quanto mais deputados um partido conseguir eleger, mais força terá nas decisões da Câmara. Dependendo da composição política, a sociedade terá mais oportunidade de conseguir reformas há tanto tempo desejadas.
Dos 513 deputados federais atuais, 420 concorrem à reeleição. Mas cerca de 200 deles não devem garantir uma vaga na Câmara em 2011. Vão dar lugar a novos parlamentares. A previsão é de um levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. De acordo com o Diap, nas eleições de outubro a renovação dos deputados federais deve chegar a 40%. Apesar de alto, este índice é inferior à média de 50% registrada nas últimas cinco eleições. Essa rotatividade, entretanto, pode não significar renovação política. Os ocupantes das novas vagas na Câmara não devem ser pessoas sem experiência no poder. Também não são esperadas grandes mudanças no tamanho das bancadas de cada partido. Hoje, o PMDB tem o maior número de deputados e o PT está em segundo lugar. A previsão do Diap é uma inversão. Em 2011, o PT passaria a ter a maior bancada e o PMDB ficaria em segundo lugar. Quanto mais deputados, mais força um partido tem na Câmara. O maior partido garante a indicação do futuro presidente da Casa. É o presidente quem decide, por exemplo, quais propostas serão colocadas em votação no plenário. Além disso, os maiores partidos são os primeiros a escolher as comissões que vão presidir. As mais disputadas são a Comissão de Constituição e Justiça e a de Finanças e Tributação.

CRÉDITOS:
1) Reportagem PAULA MEDEIROS