31/08/2010
Expressão Nacional debate rumos para a saúde (bl.1)
A saúde no Brasil não vai bem. Basta olhar para os hospitais públicos, com longas filas de espera por atendimento e falta de materiais básicos, como esparadrapo. Depois de 22 anos de existência, o modelo do Sistema Único de Saúde é questionado. Milhões são investidos no SUS, em salários, construção de hospitais, equipamentos, e não há melhora visível. Especialistas dizem que o problema é financeiro, que seria necessário dobrar o orçamento para termos um sistema de saúde com qualidade. Mas outros garantem que a falha é na gestão dos recursos. Os dirigentes da saúde, em geral, são apadrinhados políticos, sem experiência na área.
O programa Saúde da Família é considerado uma das principais estratégias para reorientar a prática médica, voltada para a assistência, promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação. Mas também sofre críticas porque atende apenas metade das famílias que necessitam. Seriam necessários mais investimentos para chegar a 80% de atendimento.
Uma saída pode ser a aprovação da Emenda 29, que vai dobrar os recursos para o setor. Mas a proposta está parada na Câmara. Não há acordo entre Oposição e Governo. O que deve fazer o próximo governo que será eleito neste ano? Até quando a classe média vai conseguir pagar os caros planos de saúde? Qual o rumo para salvar a saúde do País? Para debater este problema, reunimos no Expressão Nacional a pesquisadora em gestão em saúde pública Marilene de Castilho Sá, da Fiocruz; o ex-ministro da Saúde Humberto Costa; o médico do Conselho Regional de Medicina Ícaro de Alcântara; e Renilson Rehem de Souza, do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde.