Câmara Hoje

A fumaça que sai das fábricas já foi símbolo de desenvolvimento. Hoje é considerada um perigo ao meio ambiente. Os países não conseguem chegar a um acordo sobre a responsabilidade de cada um deles. Para os emergentes, como o Brasil, a preocupação é maior porque reduzir a poluição, em alguns casos, significa frear o crescimento econômico. O Ministério da Fazenda iniciou um estudo para saber como a redução de emissão de carbono pode afetar a economia brasileira. O tema também está sendo debatido na Câmara dos Deputados.
No fim do ano passado, o Brasil, de forma voluntária, apresentou a meta de cortar entre 36,1% e 38,9% das emissões de gás carbônico previstas para 2020. O Ministério da Fazenda está realizando um estudo para saber o impacto dessa redução na economia brasileira e quais instrumentos podem ser usados para não atrapalhar o desenvolvimento do País.
O mercado de carbono é uma das opções discutidas no cenário internacional. No geral, o que se pensa é estabelecer um limite de poluição para cada país. Quem poluir acima do estabelecido vai ter de compensar comprando créditos de carbono dos países que não atingirem a meta. No Ministério da Fazenda, há uma proposta de criar um mercado interno de carbono.
Na audiência promovida pela Comissão de Meio Ambiente, os representantes do governo deixaram claro que o estudo ainda está no começo; por isso, é difícil saber se o mercado de carbono vai ser vantajoso para o País. A preocupação agora é conhecer os setores que poderiam participar desse mercado para depois estabelecer limites de emissão de gás carbônico.

Créditos:
- Hanna Costa - repórter
- Mário Augusto Gouvea - assessor econômico do Tesouro Nacional
- Deputado Sarney Filho (PV-MA)
- Branca Bastos - Ministério do Meio Ambiente

Texto atualizado em 25/05, às 15h17