Câmara Hoje

As mães dos adolescentes assassinados por um pedófilo em Luziânia (GO) querem mudanças na legislação. Elas vieram nesta quinta (15/04) ao Congresso e ouviram do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que o Estado falhou. Até dezembro de 2009, o assassino, Admar de Jesus, estava preso por pedofilia, mas foi colocado em liberdade condicional devido ao bom comportamento na prisão.
A descoberta do assassino dos seis adolescentes desaparecidos de Luziânia chocou o Brasil. Mais chocante ainda foi saber que o pedreiro Admar de Jesus estava em liberdade condicional, apesar de um laudo psiquiátrico que o definia como psicopata perigoso. O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, participou de audiência sobre o caso na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Familiares das vítimas cobraram providências.
Apesar de reconhecer erros cometidos no caso, o ministro da Justiça disse que é contra fazer mudanças na lei no calor do momento.
Para a presidente da CPI do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes da Câmara, deputada Bel Mesquita (PMDB-PA), mais importante do que mudar a lei, é garantir que a legislação atual seja cumprida.
A CPI já aprovou o convite para que o juiz que autorizou a soltura de Admar de Jesus deponha. Também deve depor o psiquiatra autor do laudo atestando que Admar sofre de grave doença psiquiátrica. Além disso, os deputados querem ouvir o próprio acusado. Na próxima semana, devem ser definidas as datas dos depoimentos.

Créditos:
- Sônia Vieira de Azevedo - mãe de Paulo Victor
- Valdirene Fernandes da Cunha - mãe de Flávio Augusto
- Luiz Paulo Barreto - ministro da Justiça
- Paula Bittar - repórter
- Deputada Bel Mesquita (PMDB-PA) - presidente da CPI de Crianças Desaparecidas

Texto atualizado em 16/04/10, às 10h20.