Câmara Hoje

Quando se fala na arquitetura de Brasília, Oscar Niemeyer e Lúcio Costa são os primeiros nomes a serem lembrados, mas há um outro brasileiro, até hoje pouco reconhecido, que foi fundamental para todas as obras de engenharia moderna que enfeitam a capital da República, Joaquim Cardozo. Foi o engenheiro que fez os cálculos estruturais dos prédios do Congresso Nacional, do Itamaraty, do Palácio da Alvorada e da Catedral de Brasília.
A marca do engenheiro não ficou só em Brasília. Ele também é responsável por viabilizar a obra da famosa Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).
O pernambucano gostava da arte. Além de artista do concreto, foi artífice da poesia. Publicou livros e foi reverenciado até por Manuel Bandeira.
Nesta quinta (08/04), a Câmara promoveu, em parceria com a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Brasília, um seminário para homenagear Joaquim Cardozo. Dois arquitetos da Casa, Danilo Matoso e Fabiano Sobreira, lançaram um livro sobre a obra dele.
Antes de morrer, Joaquim Cardozo recebeu várias homenagens em seu estado natal. Mesmo assim, foi um reconhecimento pequeno para quem fez uma obra tão grandiosa.
A história de Joaquim Cardozo, que começou em Recife (PE) no ano de 1897, foi encerrada de forma triste, 81 anos depois, em Olinda (PE). Ele entrou em depressão em 1971, quando uma obra calculada em seu escritório, o Pavilhão da Gameleira, em Belo Horizonte, desabou. Ele chegou a ser responsabilizado pela Justiça, mas depois foi absolvido.

Créditos:
- Carlos Teatini - professor de Arquitetura da UnB
- Reportagem - Ariadne Oliveira
- Deputado Fernando ferro (PT-PE)
- Fernando Sobreira - arquiteto e autor do livro

Texto atualizado em 09/04/10, às 10h09.