Câmara Hoje

O ano legislativo começou com muita pressão. Grupos de manifestantes de várias categorias vieram a Brasília lutar pela aprovação de projetos de seu interesse. E não deram trégua: cercaram os deputados desde que os primeiros aviões chegaram trazendo os parlamentares para a volta às atividades.
Índios de um lado, polícia de outro. À primeira vista, parecia até que estavam em guerra. Mas, na verdade, estão lutando lado a lado por causas parecidas: aprovação de matérias em análise na Câmara. Índios pela aprovação de mudanças no decreto de reestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai). Bombeiros e policiais pressionam os deputados a votar a PEC que cria o piso salarial das duas categorias.
Já os representantes do movimento sindical vieram pedir a aprovação da PEC que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Madrugaram no aeroporto, esperando pelos deputados./Depois, tomaram a Esplanada, numa grande manifestação que saiu da Catedral e foi até o Congresso.
Para aumentar a pressão, alguns manifestantes ameaçaram acampar no Salão Verde da Câmara, caso o presidente Michel Temer (PMDB-SP) não marque uma data para colocar as matérias em votação.
E essas manifestações são só o começo. De acordo com o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira (PDT-SP), trabalhadores de todo o país podem iniciar vários movimentos grevistas.

Créditos:
- Deputado Capitão Assumção (PSB-ES)
- Cabo Coelho - Minas Gerais
- Deputado Mario Heringer (PDT-MG)
- Ana Chalub - repórter
- Deputado Paulo Pereira (PDT-SP) – presidente da Força Sindical

Texto atualizado em 03/02/10, às 9h56