13/10/2009
Expressão Nacional debate o Programa Espacial Brasileiro (bl.1)
O Programa Espacial Brasileiro completa 50 anos, mas não tem muito o que comemorar. Enquanto a China pretende investir US$ 500 milhões e quer voos tripulados para a Lua até 2020, o aporte previsto no orçamento brasileiro para 2010 foi reduzido para R$ 353 milhões. Já o Centro de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão, está no meio de uma disputa fundiária, entre quilombolas e a agência espacial brasileira. O Centro é considerado um dos melhores pontos para lançamento de satélite do mundo porque o consumo de combustível do foguete é reduzido devido à proximidade com a linha do Equador.
As dificuldades são históricas. Até agora o Governo não conseguiu lançar seu satélite geoestacionário. A falta de informações meteorológicas precisas, por exemplo, deixam de atender ao agronegócio, que movimenta cerca de 40 bilhões de dólares por ano. Estima-se que as previsões meteorológicas elevariam de 5 a 20 % a produtividade do setor.
Na Câmara dos Deputados ainda está parado, há quase 10 anos, o polêmico acordo de salvaguardas tecnológicas que permite o governo norte-americano lançar foguetes a partir de Alcântara, sem nenhuma participação de pesquisadores brasileiros.
O que fazer para o Brasil recuperar o tempo perdido na corrida pela tecnologia espacial? Para garantir a soberania da Amazônia e da exploração do petróleo do pré-sal, é preciso conquistar a autonomia das comunicações via satélite? Um país com graves problemas sociais deve investir em pesquisas de alta tecnologia e alto custo?
Já estão confirmadas as presenças no Expressão Nacional os deputados deputado Ribamar Alves (PSB-MA), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Base de Alcântara, e deputado Domingos Dutra (PT-MA); Roberto Amaral, diretor-geral da Alcântara Cyclone Space, empresa binacional para lançamento de foguetes; e Hosé Hinckel, coordenador do Departamento de Mecânica Espacial do Instituto de Pesquisa Espacial. Perguntas para os convidados podem ser enviadas para email expressaonacional@camara.gov.br ou pelo telefone 0800 619 619.
Terça, 13 de outubro, às 21h30, ao vivo.