Brasil em Debate

Os deputados Luiz Carlos Hauly e Virgílio Guimarães reconhecem igualmente que os gastos com a rolagem da dívida e com o custeio da máquina do Estado acabam reduzindo drasticamente a área de manobra do governo em matéria de investimentos – prevê-se que haverá menos de R$10 bilhões para investimentos, enquanto os gastos com a rolagem e encargos ficarão em R$75 bilhões. O superávit fiscal de 4,5% do PIB acaba limitando ainda mais essa capacidade de investimento. Virgílio Guimarães fala com entusiasmo das parcerias público-privadas, que poderão mobilizar R$90 bilhões para investimento em infra-estrutura. Tributarias, os dois acabam discutindo o sistema tributário e as reformas que ainda se impõem. Hauly é adepto entusiasta de uma reforma tributária radical que reduzisse o número de impostos para três ou quatro, incluindo a previdência. Virgílio afirma que o governo Lula marcha nesse sentido e que a primeira medida prática é a unificação da Legislação do ICMS ou Federalização do ICMS para acabar a guerra fiscal.