22/05/2019 19:40 - Economia
22/05/2019 19:40 - Economia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou nesta quarta-feira (22) que um ambiente democrático no País favorece o investimento e que conflitos entre Poderes podem sinalizar de forma negativa para aqueles que querem investir no Brasil. Maia participou de evento sobre a reforma da Previdência promovido pelo jornal Correio Braziliense.
"A gente cria conflitos entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário que não colaboram, que sinalizam de forma negativa para aquele que quer investir no Brasil. A gente sabe que está acontecendo nos últimos meses, mas vejo que nos últimos 40 dias uma maior participação do governo na reforma da Previdência, uma participação do ministro Onyx nas articulações. Hoje, ele esteve no Parlamento. Acho que a gente vai colocar esse trem no trilho".
Maia defendeu o diálogo para que a comissão especial que analisa a reforma encontre o melhor caminho para os temas polêmicos, de forma a garantir a economia prevista de R$ 1 trilhão. Entre os temas polêmicos, Maia destacou que a capitalização pode ser aprovada, desde que sua regulamentação fique para um segundo momento.
"Defendo a capitalização, ela custa R$ 400 bilhões, vivemos uma recessão, não uma recessão técnica, mas uma recessão real na vida dos brasileiros. Em vez de você deixar aprovar um sistema de repartição na base da sociedade, até porque os brasileiros de renda menor não conseguem contribuir nem 15 anos, muito menos 20. Então a capacidade da base poupar é muito pequena, então a capitalização pode estar aprovada e a regulamentação, vir num segundo momento, quando a gente tem as desigualdades caindo".
O presidente também defendeu que os estados e municípios não sejam retirados da reforma.
"Acho que vai ser difícil que eles fiquem, mas acho solitariamente que o sistema é único. A federação é um sistema, não adianta resolver o sistema previdenciário da União e deixar a previdência dos estados gerando deficit enormes".
Mais cedo, após reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, Rodrigo Maia anunciou que pretende votar nas próximas semanas a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 70/11, que altera a tramitação das medidas provisórias no Congresso Nacional. O texto fixa prazos mais rígidos para votação e prevê, entre outros pontos, o fim das comissões mistas de deputados e senadores que atualmente analisam as MPs.
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