Radioagência

A iluminação cor de rosa de prédios públicos é o sinal mais evidente de que outubro é o mês da campanha pela prevenção do câncer de mama. Projeto de lei (PL 3010/15) que foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara visa ampliar as ações de conscientização. A proposta prevê que tanto o poder público quanto entidades da sociedade civil promovam palestras e atividades educativas, além de campanhas na mídia. O objetivo, segundo o deputado Jorge Silva, do PHS do Espírito Santo, um dos autores do projeto, é dar cada vez mais visibilidade à doença.

"É uma maneira que chama a atenção para que a própria população possa tá tendo uma maior conscientização e fazer seus exames preventivos e com isso fazer o diagnóstico precoce do câncer de mama, que, uma vez feito esse diagnóstico precoce, a chance de cura é muito grande".

Entre os fatores de risco para o câncer de mama estão o uso de anticoncepcionais, a ingestão constante de álcool e o sobrepeso, além de características genéticas e hormonais. Mas a maioria dos casos tem um bom prognóstico. Por isso, profissionais de saúde salientam a importância de ações de conscientização. A diretora da Coordenação de Enfermagem do Departamento Médico da Câmara, Idenise Carvalho, percebe um desconhecimento da população sobre o assunto.

"Quando se faz ações de divulgação e ações de prevenção em que o profissional de saúde faz a investigação e leva a orientação para essas mulheres, a gente vê que o impacto social é muito grande, porque se dissemina informação e elas vêm mais aos consultórios, participam mais das ações de prevenção e obviamente consegue-se identificar cânceres ainda no início".

Dados do Instituto Nacional de Câncer, o Inca, mostram que o câncer de mama é responsável por 28 por cento dos novos casos de câncer entre as mulheres. A doença é rara antes dos 35 anos e a incidência é maior depois dos 50. A recomendação é que mulheres entre 50 e 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos. Se houver histórico familiar de câncer de mama, o exame pode ser antecipado a partir dos 40 anos.

O projeto que amplia a conscientização para prevenir a doença segue para apreciação do Senado se não houver pedido formal para votação no Plenário da Câmara.