07/07/2017 21:12 - Direitos Humanos
07/07/2017 21:12 - Direitos Humanos
Ativistas e parlamentares reafirmaram necessidade de o Brasil ser, de fato, um Estado laico para avanço da luta pelos direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis, Transexuais e Transgêneros). Eles participaram de Sessão Solene no Plenário da Câmara, nesta sexta-feira (07), em homenagem ao Dia do Orgulho LGBT, celebrado no dia 28 de junho.
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF) é preciso enxergar a variedade de orientações sexuais e identidades de gênero antes de formular políticas públicas. Segundo ela, um dos pontos mais sensíveis da agenda LGBT é, justamente, a necessidade de separar a religião da luta pelos direitos civis:
"A lógica fundamentalista de achar que a sua forma de amar é a única forma que existe, que a sua igreja é a única igreja que existe, que a sua forma de pensar é a única que existe. Esse absolutismo impede o avanço da própria humanidade."
Transexual, a Coordenadora dos Direitos LGBT da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos (SEDH), Marina Reidel, se preocupa com as manifestações de misoginia que enfraquecem a autoestima dessa população:
"Nós sofremos no dia-a-dia, porque parece que nós transpiramos sexualidade 24 horas, mas não. Nós também somos pessoas que temos sentimentos, nós também buscamos o amor, a paz o direito e a cidadania."
A representante das Organizações das Nações Unidas (ONU), Rubi Martins dos Santos Correia, defendeu a capacitação de jovens transexuais para a militância por seus direitos e deveres:
"Está chegando uma geração com garra, que vai bater de frente, que vai apertar a tecla mil vezes até a gente chegar num patamar aonde a gente seja respeitada, como a gente nasceu, no corpo que a gente tem, pelo nosso nome."
Durante o evento em homenagem ao Dia do Orgulho LGBT, a deputada Erika Kokay criticou a recente decisão da Câmara Legislativa do DF de derrubar o decreto que regulamenta a lei anti-homofobia. A lei que propõe uma série de direitos a essa minoria já tinha sido regulamentada pelo governador Rollemberg, mas a bancada evangélica distrital se articulou para revogar o texto.
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