27/06/2017 21:26 - Política
Radioagência
Governo e oposição defendem aprovação de reforma política em comissão na próxima semana
Governo e oposição se reuniram nesta terça-feira (27) na residência oficial da presidência do Senado e defenderam a aprovação do texto da reforma política na comissão especial da Câmara na próxima semana. Também participaram do encontro o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e diversos líderes de bancadas das duas casas.
A criação de um fundo público para campanhas eleitorais é um dos pontos de consenso entre os parlamentares e deve fazer parte de um novo relatório do deputado Vicente Cândido (PT-SP) a ser apresentado na próxima semana.
O líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que o único ponto que não há consenso para a proposta de reforma política é o sistema eleitoral.
"A divergência central é do sistema eleitoral, nas outras questões há quase um consenso de um entendimento de que nós precisamos aprimorar este modelo e estamos às vésperas de construir um bom acordo, um acordo possível, não um acordo entre governo e oposição, um acordo para permitir instituir mecanismos de controle que permita mais transparência no sistema eleitoral. Precisamos de um sistema que ajude a recuperar a credibilidade dos partidos restaurem o processo democrático. Lista nem distritão unificam".
O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (RR), afirmou que a Câmara deve aprovar algumas modificações em relação ao sistema eleitoral para valer para 2018, como o fim das coligações nas eleições proporcionais, que elegem deputados e vereadores. Ele também defendeu a adoção do sistema distrital misto para 2020.
"Vamos aprovar para 2020 em diante o distrital misto, que já é uma mudança no sistema eleitoral, vamos criar um fundo que terá 50% do gasto de 2014 e vamos também criar uma transição para deputados federais e estaduais que vai ser debatido na Câmara para que em 2018, não dando tempo ainda de votar o distrital misto porque a confecção dos distritos leva um certo tempo, vamos ver qual o modelo preferido dos deputados e em 2020 pergunte a população se quer o fundo constitucional público como está ou se quer doação de empresa exatamente para que se manifeste. Existem deputados que defendem o distritão, ou seja, o majoritário, e existem deputados que defendem o fim das coligações e os partidos disputando sozinho. Essa decisão será tomada no voto".
Mais cedo, representantes de partidos políticos e o relator da reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido, se encontraram com presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, para debater o calendário das próximas eleições. Cândido disse que um dos pontos em que há maior entendimento entre os partidos é a criação do fundo eleitoral, que teria o valor de R$ 3,5 bilhões em 2018 e R$ 2,2 bilhões em 2020.