22/05/2017 18:03 - Política
22/05/2017 18:03 - Política
Deputados da base do governo defendem a continuidade das votações na Câmara, mesmo após as denúncias envolvendo o presidente Michel Temer. O líder do DEM, deputado Efraim Filho (PB), defendeu a continuidade das votações das matérias econômicas pelo Congresso e afirmou que seu partido continua na base de sustentação do governo.
"A decisão, por enquanto, é o Democratas permanecer na estabilidade da base do governo. Acredito que é hora de o Congresso Nacional ter consciência que existem duas agendas que são importantes para o Brasil. A agenda da Lava-jato, das investigações, que pertencem ao Supremo Tribunal Federal, e a agenda econômica de fazer o Brasil retomar o rumo do desenvolvimento, voltar a crescer e recuperar os empregos perdidos e essa é uma agenda que pertence ao Congresso Nacional. É hora de transparência, de reconhecer que o momento é delicado, que as denúncias são fortes, e a resposta a isso tem que ser rápida. E acho que ninguém mais interessado que o governo a fazer."
O deputado Danilo Forte (PSB-CE) reconheceu que é difícil votar temas polêmicos, como a reforma da Previdência, mas defendeu que o Congresso adote uma agenda mínima de votações, para que a base possa se recompor.
O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou que não há normalidade no País após as denúncias envolvendo Temer e, por essa razão, o Congresso também não pode funcionar normalmente.
"Não há nenhuma hipótese de nós fingirmos que as coisas estão normais no Brasil. Não há nada normal em um presidente da República receber um investigado e dizer como ele pretende obstruir a investigação de crimes e ter o apoio do presidente da República dizendo ótimo, ótimo. Isso não é normal e não é normal que a Casa funcione como se nada tivesse acontecido. Enquanto o presidente Rodrigo Maia não determinar a instalação da comissão de impeachment, nós vamos obstruir todas as matérias. A Casa não vai funcionar normalmente e vamos exaurir os deputados da base do governo."
Alguns partidos já começaram a sair da base do governo Temer. A Executiva Nacional do PSB decidiu que fará oposição a Temer, embora, na Câmara, ainda haja parlamentares que apoiem o governo. O PPS também oficializou seu rompimento com o governo. O Podemos, antigo PTN, que apoiava o governo, anunciou independência ao Planalto.
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