25/10/2016 09:50 - Assistência Social
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Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara, o Cedes, realiza debate sobre o envelhecimento da população e os novos rumos do estado de bem-estar. No evento, foi discutido o Brasil em 2050.
A doutora em ciência política Célia Lessa disse que existem políticas sociais que podem melhorar a qualidade de vida dos idosos.
"Há políticas sociais que podem fazer com que você aumente a capacidade material da sociedade para sustentar uma população que envelhece. Essas políticas focam muito na questão da produtividade das pessoas, dos trabalhadores, e elas, então, exigem um investimento muito grande em educação desde a primeira infância. Eles exigem políticas de mercado de trabalho, que treinem as pessoas, que sejam treinamentos de longa duração, de modo a aumentar a produtividade dessas pessoas".
A professora Célia Lessa declarou que é preciso encontrar atividades que estimulem o idoso a participar economicamente no país.
"Você também pode pensar em políticas específicas para aumentar a participação econômica dos idosos. Porque os idosos, enfim, você tem uma faixa muito grande etária de pessoas consideradas idosas, com diferentes níveis de dependência e com diferentes níveis de autonomia, se a gente quiser botar assim. Então, também é interessante você pensar nas várias possibilidades de inserção econômica dessas pessoas. Trabalhos com tempo flexível, trabalhos que sejam satisfatórios. São pessoas que passaram uma vida inteira exercendo uma profissão terem a oportunidade de exercerem outras carreiras".
A deputada Cristiane Brasil, do PTB do Rio de Janeiro, relatora do CEDES, afirmou que o investimento na pessoa idosa ajuda no desenvolvimento do país.
"Se tem investimento social, se você requalifica o cara, se você dá estrutura para as famílias poderem ser o melhor que elas puderem, serem mais produtivas, o resultado é que a economia anda, tem mais emprego, o mercado anda, o país desenvolve. Agora, se você acha que dar um salário mínimo para um cidadão idoso, mas você não protege ele da família, então, a família pega o dinheiro, você não dá condição da família de ter um treinamento para ele ser cuidado com dignidade, ele não vai ser cuidado com dignidade. A saúde pública é um inferno para o idoso. Ele não tem remédio, ele não tem atendimento, imagina ter requalificação, imagina ter alguém preocupado em inserir idoso no mercado de trabalho".
Cristiane Brasil lembrou que o Brasil segue um modelo de bem-estar social e que a única coisa que é feita para os idosos hoje no país é a possibilidade de transferência de renda.
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