08/06/2016 20:32 - Economia
Radioagência
Especialistas afirmam que Brasil precisa de mais investimentos para tornar o turismo nacional competitivo
Agentes do governo e representantes do setor privado concordam que é preciso tornar o turismo nacional competitivo e investir em propaganda para atrair novos turistas. O tema foi debatido pela Comissão de Turismo em audiência pública, nesta quarta-feira, que avaliou ações de captação de turistas após as Olimpíadas do Rio.
O presidente da Embratur, José Antônio Parente, defendeu que o país tenha mais recursos para investir na captação de turistas.
"Para se ter uma ideia em 2015 Embratur investiu 17 milhões de dólares em promoção. O México investiu 477 milhões de dólares, a Argentina 100 milhões de dólares. O Equador, um país pobre da América Latina, 96 milhões de dólares. Então, nós esperamos, com o apoio da Câmara, reverter essa questão de financiamento. Sem divulgação, sem promoção do Brasil no exterior nós não conseguiremos aumentar esse número de turistas."
Já o representante do Ministério das Relações Exteriores, Jean Marcel Fernandes afirmou que o ministério trabalha com as estratégias da Política Nacional do Turismo há 50 anos, principalmente com o apoio da rede diplomática brasileira no exterior.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Dilson Fonseca Júnior, é preciso garantir uma política tributária compatível com o restante do mundo para que o setor, que é vital para o turismo, possa ser competitivo internacionalmente.
O autor do requerimento para a realização da audiência pública, deputado Otávio Leite, do PSDB do Rio de Janeiro, afirmou que o Brasil precisa urgentemente dar condições tributárias para que o turismo cumpra seu papel de ajudar na superação da crise.
"Qual é a minha proposta? É que todo o turismo que traz divisas traz recursos para o Brasil ele tenha uma equiparação tributária e de apoio das instituições públicas tal quais todos os industriais que vendem algum produto para o exterior recebem. Então é preciso dar essa equiparada para efeito de política tributária, de facilidades, acesso à crédito e fomente a fim de que nós possamos atrair cada vez mais pessoas."
O diretor comercial do Rio Convention e Visitors Bureau, Michael Nagy, afirmou que a cidade já está preparada para receber as Olimpíadas e Paraolimpíadas, mas somente com campanhas constantes de estímulo ao turismo é possível tornar o Rio de Janeiro e o Brasil como destinos seguros e confiáveis para o restante do mundo. Para ele, não adianta pensar agora no que não foi feito e sim no que pode ser feito para que o legado da visibilidade das Olimpíadas seja aproveitado ao máximo.