17/11/2015 20:50 - Direitos Humanos
17/11/2015 20:50 - Direitos Humanos
Representantes de movimentos de mulheres negras e parlamentares defenderam nesta terça-feira (17) uma maior presença delas na política e criticaram o que chamaram de pauta conservadora. Os debatedores participaram de Comissão Geral que discutiu a realidade das mulheres negras no País.
A ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, defendeu que elas tenham mais representatividade no parlamento.
"É crucial que simbolicamente, nós precisamos não só de mais mulheres na política, mas de mais mulheres negras na política. Precisamos de mais negros na política de um modo geral, isso do modo simbólico e político. Então, acho que são desafios que são colocados e tem a ver com a nossa articulação como mulheres negras de enxergar a vida política, um lugar de atuação da nossa militância, e depois de entrando nessa vida política, quais os caminhos que nós desbravaremos para encontrar um lugar na vida política de representatividade"
A representante da Articulação de Organizações de Mulheres Negras, Jurema Pinto Werneck, afirmou que um dos objetivos da marcha das mulheres negras, que ocorre nesta quarta-feira (17) é combater o conservadorismo do Congresso.
"O Congresso Nacional tem agido deliberadamente contra nós, na medida em que avança contra a conquista constitucional do estado laico, o Congresso atua contra nós quando fomenta com suas palavras, seus atos, suas palavras, e seus gestos, quando fomenta o ódio, o preconceito, a violência, a intolerância religiosa. Tem atentado violentamente contra nossos corpos, nossos direitos, nossa saúde e nossa autonomia"
A coordenadora nacional de mulheres do PPS, Raquel Nascimento Dias, defendeu que as mães negras valorizem a história dos negros para seus filhos.
"Não deixem suas crianças se embranquecerem. Não deixem o cabelo dela ser chamado de ruim ou os fenótipos da testa ou do nariz sejam jocosos para os outros nem para nós. Não deixem que elas se embranqueçam pelas princesas de olhos azuis. Falem das Dandaras dos Palmares, fale para elas das rainhas, das Ruth's de Souza. Conte a história da etnia dela."
A deputada Dânima Pereira (PMN-MG), que propôs o debate, defendeu que o combate à violência contra a mulher seja constante. Para ela, só se muda uma cultura dando voz para aqueles que nunca foram ouvidos. Dâmina afirmou que é hora de dar um basta no racismo, nas injúrias e na impunidade.
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