Radioagência

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, reafirmou no final da tarde desta segunda-feira sua convicção de que vai provar no Conselho de Ética da Casa que não mentiu à CPI da Petrobras.

Na última sexta-feira, em entrevista ao G1 e à TV Globo, Cunha reafirmou que não tem contas bancárias nem é proprietário, acionista ou cotista de empresas no exterior. Mas, ele admitiu ter usufruído de ativos mantidos na Suíça e não declarados à Receita Federal e ao Banco Central por se tratarem de recursos obtidos no exterior e mantidos em contas das quais não é mais o titular.

"Eu tenho a mais absoluta convicção de que o que falei na CPI vai ser comprovado no Conselho de Ética. Eu não estou preocupado com isso, eu tenho absoluta convicção de que tudo que eu falei tem comprovação e será feita na defesa apresentada, eu não estou nem um pouco preocupado com isso. Eu falei a verdade e, no Conselho de Ética, eu vou me ater a defender a representação."

Mais cedo, no meio da tarde, em entrevista no Salão Verde, o líder do PSDB, Bruno Araújo de Pernambuco, defendeu a saída de Eduardo Cunha da Presidência da Casa para não afetar os trabalhos do Conselho de Ética.

"A posição do PSDB, a posição dos partidos de oposição é do afastamento do presidente Eduardo Cunha, que seria bem melhor para a instituição e para o próprio presidente, para ter o devido tempo de sua defesa."

Eduardo Cunha afirmou que não vê problemas em permanecer na Presidência da Câmara.

"Eu não vejo nada que possa afetar porque são trabalhos independentes, cada um faz seu trabalho na Casa."

Em relação à pauta de votações, nesta terça-feira será iniciada a votação da MP 688/15, que repassa o risco hidrológico dos geradores de energia elétrica para os consumidores, por meio das bandeiras tarifárias. Ainda estão na pauta a proposta (PL 2960/15) que trata da regularização de recursos depositados no exterior, o projeto(PL 2016/15) que define o crime de terrorismo, com pena de 30 anos, além do projeto (PL 3123/15) que define os itens do que contracheque contam para o teto do funcionalismo público.