Radioagência

A Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, decidiu suspender 225 planos de saúde comercializados por 28 operadoras em todo o país. A partir da próxima segunda-feira, as operadoras suspensas estarão proibidas de vender planos de saúde a novos usuários, até março deste ano, por desrespeito aos prazos máximos para marcação de consultas, exames e cirurgias. Essa é a terceira suspensão realizada pela agência desde o início do monitoramento das operadoras de planos de saúde, em dezembro de 2011.

A ANS registrou mais de 13 mil reclamações durante o último monitoramento, entre setembro e dezembro do ano passado. Os planos de saúde suspensos só poderão voltar a ser comercializados caso as operadoras melhorem o atendimento ao consumidor. O ministro da saúde, Alexandre Padilha, garantiu que os quase dois milhões de beneficiários dos planos suspensos não serão prejudicados pela medida.

"É muito importante também que os usuários saibam que continuam valendo todos os direitos que esse usuário tem em relação a esse plano de saúde. O que está suspensa é a incorporação de novos clientes a esse plano de saúde. É uma medida para proteger a pessoa que já tem o plano de saúde. Enquanto o plano de saúde não cumprir os prazos da ANS, ele não pode colocar mais pessoas nesse plano"

Para o coordenador da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi, do PMDB do Rio Grande do Sul, a decisão da ANS é positiva, pois considera que planos de saúde de boa qualidade são importantes para não sobrecarregar o sistema público de saúde.

"O SUS não suportaria, e quebraria, se não houvesse os planos de saúde. Então, os planos de saúde são fundamentais. Primeiro, para as pessoas que querem. Nós vivemos em uma democracia, livre mercado e querem fazer um plano. Precisam de um bom plano, mas, do outro lado, os planos precisam existir, senão o SUS quebra"

A ANS recebe denúncias pelo 0800 701 9656, pelo site www.ans.gov.br, ou em um dos centros de atendimento presentes nas principais capitais brasileiras.