28/11/2012 21:41 - Educação
28/11/2012 21:41 - Educação
Especialistas defenderam, nesta quarta-feira, que o ensino médio não precisa de mais uma reforma, e, sim, de investimentos suficientes para permitir a formação integral e igualitária dos alunos. A afirmação ocorreu em audiência pública realizada pela comissão especial que analisa a reformulação desse nível de ensino. Segundo o representante da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, professor Dante Henrique Moura, hoje existem quatro categorias de nível médio. Escolas particulares, institutos técnicos federais, escolas técnicas estaduais e escolas estaduais sem caráter profissionalizante.
Em cada um desses sistemas de ensino, o aluno recebe formação completamente diferente, conforme "a posição que ocupa na hierarquia social", afirma o professor. Enquanto as escolas particulares preparam apenas para o vestibular, as públicas estaduais não qualificam nem para esse concurso nem para o trabalho. O único modelo que oferece a formação diversificada defendida pelo professor Dante Moura é aquele adotado nos institutos de educação tecnológica federais [sonora].
A explicação para essa disparidade entre escolas estaduais e federais está no investimento. De acordo com Dante Moura, enquanto na rede estadual são pagos cerca R$ 2500 anuais por aluno, na rede federal o valor chega a R$ 8 mil.
Também para a representante do Centro de Estudos Educação e Sociedade, professora Carmem Sylvia Vidigal Moraes, além de ser universal, o ensino médio deve ter conteúdo integrado, de forma a conciliar ensino e trabalho, tecnologia e cultura.
O deputado Professor Sétimo, do PMDB baiano, explica que o governo federal pretende criar um novo currículo para o nível médio porque, nos últimos anos, ele foi fragmentado e perdeu qualidade [sonora].
Professor Sétimo também se disse contrário às parcerias com o Sistema S. Para ele, as escolas públicas poderiam oferecer qualificação profissional aos trabalhadores.
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