18/06/2012 16:53 - Esportes
18/06/2012 16:53 - Esportes
Casos de doping podem impedir a concessão do Bolsa-Atleta. A proibição consta em projeto de lei (PL 1185/07) aprovado na Câmara e que aguarda envio ao Senado. O Bolsa-Atleta é um benefício do governo federal para esportistas de alto nível que não possuem patrocínio. O valor mensal varia de R$ 370, pago a atletas-estudantes, até R$ 3.100, concedido aos olímpicos e paraolímpicos. O objetivo é dar condições para que eles se dediquem aos treinamentos e obtenham melhores resultados nas competições.
No entanto, a proposta do ex-deputado Deley só permite a concessão do Bolsa-Atleta a quem não tenha violado, por no mínimo dois anos, nenhuma das regras da Convenção Internacional contra o Doping nos Esportes. O relator da matéria na Comissão de Constituição de Justiça, deputado Márcio Macedo, do PT de Sergipe, explica por que deu parecer favorável ao projeto.
"Ele amplifica a ajuda aos atletas olímpicos e ajuda a incrementar o esporte brasileiro, o que é fundamental para o país, que disputa a juventude com a marginalidade, com as drogas e com os descaminhos. Então, ele cumpre um papel social e valoriza os atletas".
De acordo com o Ministério do Esporte, o progama Bolsa-Atleta conta hoje com mais de 4.200 bolsistas. Praticamente todos os atletas paraolímpicos e cerca de 40% dos olímpicos que vão a Londres, no fim de julho, recebem o benefício. O secretário nacional de alto rendimento do ministério, Marco Aurélio Klein, apoia o projeto de lei, mas faz restrição à exigência de dois anos sem registro de doping. Segundo Klein, a fixação de um prazo não leva em conta as nuances envolvidas nos casos de dopagem.
"Como acontece nas competições, um atleta só fica fora de qualquer relação com o esporte pelo período da suspensão: um ano, dois anos. Porque há casos e casos. Pode acontecer até a exclusão do esporte. Mas há casos em que, muitas vezes, o envolvimento do atleta, se apanhado em um controle de dopagem, se dá pelo uso de alguma substância para o controle de uma doença que escapou ou que não foi bem conduzido pelo médico".
Marco Aurélio Klein garantiu que o governo brasileiro vem aumentando o rigor no combate ao doping nos esportes, inclusive com a realização de controles dos atletas mesmo fora dos períodos de competição.
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