Painel Eletrônico

Deputada Erika kokay destaca Família Acolhedora como opção para crianças que não podem ficar com suas famílias originais

25/09/2024 - 08h00

  • Entrevista - Dep. Erika Kokay (PT-DF)

A deputada Erika Kokay diz que o programa Família Acolhedora surge como uma opção aos abrigos e orfanatos. Ela lembra que o programa é temporário (18 meses, prorrogados por igual período). Segundo ela, busca-se sempre a solução na própria família primeiro e na família estendida (parentes) depois. A família acolhedora e a adoção seriam a última etapa, como alternativas às instituições que cuidam de crianças e adolescentes.
Na família acolhedora, diz a deputada, a criança tem um “sentimento de pertencimento” e desenvolve “vínculos afetivos”. “É preciso investir na convivência familiar e comunitária”, afirma. “Que vínculos são mais importantes que os vínculos familiares”, questiona. O tema foi discutido, nesta semana, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Erika kokay explica que a família acolhedora é procurada quando existe alguma pendência a ser resolvida dentro do núcleo familiar. Resolvido o problema, explica a deputada, a criança volta para a família original. Ela lembra que as famílias acolhedoras passam por cadastramento e capacitação, além de acompanhamento com assistente social e psicólogo. Esse acompanhamento também é feito com a família original das crianças.
A deputada do Distrito Federal diz que apenas 7% das crianças em atendimento vão para as famílias acolhedoras, o que considera um índice “muito baixo”. Erika kokay lembra que esse índice é muito maior em outros países, como: Austrália (91%), Noruega (86%), Reino Unido (80%) e Estados unidos (75%).
Erika kokay também critica a concentração dos casos de famílias acolhedoras nas regiões Sul e Sudeste (75%). São 46% no Sul e 29% no Sudeste. Ela diz que é preciso levar esse programa para as outras regiões do país. ‘Precisa ter no Brasil todo”, resume.
A deputada Érika Kokay também participa, nesta quarta-feira, de audiência pública sobre a promoção da igualdade étnico-racial, que o Brasil apresentou como o décimo oitavo objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS 18) durante Assembleia das Nações Unidas. Trata-se um objetivo voluntário que se soma a outros 17 objetivos da chamada agenda 2030 da ONU, que tem como objetivo erradicar a pobreza no mundo.
Erika Kokay diz que a audiência vai discutir metas para o novo objetivo, como: acesso à educação, habitação, segurança e justiça para negros e indígenas. Outro tema seria a eliminação da discriminação nos locais de trabalho. “O Brasil tem um pacto letal com o sexismo, o machismo e o racismo. Precisamos reverter esse quadro”, diz a deputada.

Apresentação - Mauro Ceccherini

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