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A ironia de Brás Cubas, segundo a Armazém Companhia de Teatro

A ironia de Brás Cubas, segundo a Armazém Companhia de Teatro

02/09/2023 - 19h00

  • Paulo de Moraes leva à cena Brás Cubas (Ouça a íntegra)

  • Paulo de Moraes leva à cena Brás Cubas (Versão 30 min)

Foto de cena: MAURO KURY

O novo espetáculo da Armazém Companhia de Teatro, Brás Cubas, versão cênica do diretor Paulo de Moraes para a obra-prima de Machado de Assis, traz o Bruxo do Cosme Velho para o centro de cena, como personagem. Com essa ideia, o dramaturgo Maurício Arruda Mendonça e o diretor erguem os caminhos estéticos para a nova montagem da Armazém.

Foi a partir da 1881, com Memórias Póstumas de Brás Cubas, seguido por Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial Aires que Machado de Assis começou a desenvolver seu extraordinário realismo psicológico, permeando seus romances com impetuoso sarcasmo. Memórias Póstumas de Brás Cubas é considerado um romance original desde a sua dedicatória “ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver” e prossegue na ideia de um defunto autor que, para fugir ao tédio do túmulo, escreve suas memórias.

No programa, o diretor Paulo de Moraes comenta a montagem de Brás Cubas, esse personagem da literatura brasileira que fala tanto da formação da elite brasileira: "Traduzir a experimentação formal de Machado para o palco – conversando com o público de hoje – me pareceu desafiador. Porque Machado escreve com um nível de sutileza raro. Então, com certeza o nosso grande embate durante a descoberta da peça tem sido como fazer com que essa literatura sutil se transforme numa ação dramática contundente", diz.

Na trilha, sucessos de Nat King Cole (Monalisa, de Ray Evans e Jay Livingston); Caetano (It's a long way); Black Pumas (Colors) e Xande de Pilares (Muito Romântico, de Caetano).


Produção, Reportagem e Apresentação | André Amahro

O programa mistura música, informação e opinião, além de trazer entrevistas com grandes artistas brasileiros.

Sábado, às 19h, e domingo, às 9h

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