Rádio Câmara

Segundo relata o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), a política de preços dos combustíveis adotada pela Petrobras nos últimos anos era injusta ao permitir a distribuição abusiva de lucros e dividendos para os acionistas minoritários, em detrimento do equilíbrio das cadeias produtivas que sofrem influência dos custos de transporte. Ele aponta que a Petrobras teve lucro líquido de 36% em 2020 e 26,5% em 21, contra 6,5% da maior produtora mundial de petróleo, multiplicando os dividendos repassados.

Reginaldo Lopes ressalta que não é contra a política de paridade de preços internacional, mas da forma que é praticada em outros países, levando em conta apenas os insumos que são importados e, por isso, têm flutuação de preços em dólar. No Brasil, o modelo adotado até a última semana não considerava os custos de produção atrelados ao real.

Para o deputado, a mudança no modelo de precificação não vai prejudicar a empresa, que vai manter suas taxas de retorno, depreciação e a distribuição de lucros e dividendos, mas a partir de valores justos. O congressista avalia ainda que a mudança no regime dos combustíveis vai diminuir o Custo Brasil para as empresas, contribuindo para que o país volte a ter um parque industrial competitivo e diminuindo indicadores econômicos como o déficit fiscal, taxa de juros e inflação.

Apresentação – Marcio Achilles Sardi