Rádio Câmara

A equipe de transição do novo governo brasileiro e integrantes da Comissão Mista de Orçamento têm realizado reuniões para adequar o Orçamento Geral da União às necessidades consideradas urgentes pelo presidente eleito e seus aliados. Integrante da CMO e também do grupo de transição, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) avalia que o projeto da lei orçamentária encaminhado pelo atual governo é ruim por não contemplar despesas necessárias em áreas como assistência social, saúde, educação e habitação popular.

Ele cita, por exemplo, a proposta de R$ 400 para o Auxílio Emergencial, contra os R$ 600 que estão sendo buscados pelo novo governo; na saúde, a atenção básica e os hospitais têm previsão de R$ 8 bilhões a menos, além da extinção de programas para a saúde indígena e o corte de R$ 1,1 nos valores estimados para aquisição de vacinas; na educação, além da redução de R$ 3,5 dos recursos para universidades, as rubricas para merenda e transporte também foram cortadas. Paulo Pimenta elenca ainda que não há previsão nenhuma para habitação popular.

Segundo o congressista, há uma grande disposição do relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-CE), do presidente da CMO, deputado Celso Sabino (UNIÃO-PA), e dos presidentes do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), para a construção de um ambiente de convergências no país. O próprio presidente eleito, Lula (PT-SP), terá reuniões presenciais com essas lideranças na próxima semana, após um período de intensos contatos telefônicos desde a confirmação do resultado em segundo turno.

Apresentação - Marcio Achilles Sardi