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Reforma tributária pode contribuir para a redução das desigualdades e estímulo à mobilidade social

23/09/2022 - 08h00

  • Entrevista - Economista Carla Beni (FGV)

Como o Brasil tributa menos a renda, a herança e praticamente isenta os dividendos, o sistema tributário é desigual por se basear no consumo. Com isso, segundo explica a economista Carla Beni, professora da Fundação Getúlio Vargas, quem tem renda de R$ 1.000 acaba pagando a mesma carga que alguém que tenha renda de R$ 50.000, por exemplo.

A especialista defende que a experiência da pandemia de coronavírus, que evidenciou as desigualdades sociais, é um processo pedagógico para se definir um novo país, e nisso as prioridades orçamentárias também serão essenciais. Ela aponta que as escolhas do Orçamento, que passam por discussão de deputados e senadores, vão definir como será viabilizada a manutenção dos programas sociais para os mais vulneráveis, e lembra que o texto encaminhado pelo governo federal prevê R$ 405 para o Auxílio Brasil, contra os R$ 600 que estão sendo pagos este ano e foram prometidos para 2023.

Carla Beni também comenta os principais números da economia brasileira e a perspectiva para o próximo ano, como as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto de 0,5%, inflação de 5% e taxa básica de juros de 11,25%.

Apresentação – Marcio Achilles Sardi

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