Rádio Câmara

Parlamentares vinculados às comissões de Educação e de Direitos Humanos e Minorias da Câmara demonstram preocupação com a possibilidade do fim do sistema de cotas para acesso às vagas nas instituições federais e ensino superior, já que este ano chega ao fim a política que reserva 50% das vagas para negros, indígenas, estudantes de escolas públicas, pessoas com deficiência e de alunos baixa renda. Um dos deputados à frente do debate nos colegiados, o deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) aponta que as cotas não são a solução para o ensino brasileiro, mas são um dos passos necessários para que o país diminua as desigualdades históricas a partir da educação.

O congressista lembra que, historicamente, as populações de baixa renda, pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência foram excluídos do acesso às instituições públicas de ensino superior. Levantamentos revelam que em 2018 o número de matrículas de estudantes negros ultrapassou pela primeira vez o de alunos brancos.

Camilo Capiberibe também contesta críticas ao sistema de cotas, ao apontar que os cotistas têm desempenho similar aos universitários que conquistam sua vaga na ampla concorrência. Para ele, as cotas são uma oportunidade para que a elite brasileira conviva com outras classes sociais e tenham uma visão mais realista sobre as diversas realidades sociais e econômicas do Brasil.

Apresentação - Marcio Achilles Sardi