Rádio Câmara

“O samba agoniza mas não morre”. Nelson Sargento, autor desse verso, nos deixou em 2021 mas ficará eternizado por meio dos clássicos que compôs ao longo de 96 anos de vida. Assim como o “mestre Sargento da Mangueira”, a covid-19 nos tirou jovens sambistas – como Cláudia Garcia, de Goiás, e Ranoldo Alves, de Manaus – e o carnavalesco Laíla, que comandou desfiles históricos na Marquês de Sapucaí. Por outros motivos diferentes da pandemia, também perdemos, neste ano, sambistas dos quilates do baiano Firmino de Itapuã, do mineiro Juarez Araújo, do gaúcho Leandro Almeida (coautor do samba de enredo da Mangueira de 2 022), do portelense Beto Fininho e de um dos ícones da interpretação de sambas de enredo, Dominguinhos do Estácio. Só notícia ruim, né? Mas Samba da Minha Terra se alimenta do legado de alegria, poesia e criatividade que cada um deles nos deixou de recordação.

MÚSICAS

Idioma esquisito (Nelson Sargento), idem
Primavera (Nelson Sargento, Jamelão e Alfredo Português), com Nelson Sargento
Resignação (Geraldo Pereira e Arno Provenzano), com Nelson Sargento e Alcione
Preciso voltar (Nelson Sargento), idem
Agoniza, mas não morre (Nelson Sargento), idem
Não deixe o samba morrer (Aloísio Silva e Edson Conceição), com Cláudia Garcia
Roda de samba (Ranoldo Alves), idem
O que é que a Bahia tem (Dominguinhos do Estácio e Darcy do Nascimento), com Dominguinhos do Estácio (Imperatriz 1980)
Pauliceia desvairada: 70 anos de Modernismo (Caruso, Déo, Djalma Branco e Maneco), com Dominguinhos do Estácio (Estácio 1992)
Trevas! Luz! A explosão do universo (Dominguinhos do Estácio, Mocotó, Flavinho Machado Heraldo Faria), com Dominguinhos do Estácio (Viradouro 1997)
O teu cabelo não nega (Gibi, Serjão e Zé Katimba), com Dominguinhos do Estácio (Imperatriz 1981)
Bala de açúcar (Beto Fininho e Renato Fialho), com Beto Fininho
É Bahia, é Salvador (Firmino de Itapuã), idem

Sonoplastia - Tony Ribeiro
Apresentação e pesquisa - José Carlos Oliveira