Rádio Câmara

No entendimento do deputado Enio Verri (PT-PR), a segunda etapa da reforma tributária, encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional na semana passada, incluindo um reajuste parcial da tabela do Imposto de Renda, é positiva, mas insuficiente para imprimir justiça ao sistema brasileiro de impostos. Os partidos de oposição, lembra o parlamentar, defendem uma tributação mais efetiva sobre lucros e dividendos, sobre o patrimônio e também sobre grandes fortunas.

O projeto prevê reajuste de 31% na faixa de isenção, que sobe para cerca de R$ 2.400. Para Enio Verri, a medida corrige parcialmente a tributação elevada sobre a faixa da população que ganha menos, mas poderia ser mais ampla, já que a defasagem verificada nos últimos anos significa, na verdade que o governo está aumentando a arrecadação sobre os salários.

O congressista questiona também a diferença entre os 20% estabelecidos de imposto sobre o lucros e dividendos de pessoas físicas, contra 15% para aplicações financeiras. Para Enio Verri, com esta recomposição, o governo federal reduz a desvantagem tributária das camadas mais pobres, mas aumenta os benefícios para grandes investidores.

Apresentação - Marcio Achilles Sardi