Rádio Câmara

A professora Luciana Royer, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, acredita que a participação popular é fundamental para que os recursos orçamentários dos municípios sejam investidos em ações que melhorem a mobilidade urbana. Para isso, ela considera que o cidadão deve se utilizar dos instrumentos legais já existentes, como os conselhos municipais em áreas como saúde, habitação, educação, meio ambiente, e também as audiências públicas que, a cada ano, discutem o orçamento municipal do próximo período.

Além disso, a mestre e doutora aponta que os prefeitos e vereadores não podem se resumir a cumprir com as obrigações de zeladoria urbana, ou seja, as ações básicas do dia a dia da manutenção dos municípios, mas devem se comprometer com a construção de corredores de ônibus, manutenção de ciclovias, construção de novas calçadas, visando também a integração dos sistemas de mobilidade para melhorar a qualidade de vida das pessoas que deslocam pelas cidades.

Mas, segundo Luciana Royer, a mobilidade urbana deve conversar com outras políticas urbanas como educação, saúde e cultura. Além disso, ela considera que uma administração de sucesso deve considerar a articulação com os municípios vizinhos e também com os governos estaduais, buscando não apenas recursos para investimentos em ações de mobilidade, mas também definindo as prioridades de sua cidade.

Apresentação – Marcio Achilles Sardi

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